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Nos corredores

Deputados no Evangélico

O deputado federal Sandro Alex (PPS) apresentou na semana passada a proposta de criação de uma comissão externa da Câmara para acompanhar as investigações sobre as mortes na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba. O parlamentar já conseguiu o apoio da bancada paranaense.

Estreia de Gleisi

O projeto de decreto legislativo aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados que acabou com o 14º e 15º salários para parlamentares foi a primeira proposição legislativa do mandato de Gleisi Hoffmann, protocolada no primeiro dia de mandato, em 3 de fevereiro de 2011. "Diziam que não daria certo apresentar uma proposta contra os interesses dos colegas de cara. Mas deu", comemorou a ministra.

Encontro com Zeca Dirceu

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) reúne em Brasília, entre hoje e quarta-feira, 250 representantes de 80 prefeituras do Paraná. A caravana vai visitar ministérios e receber informações sobre programas do governo federal aos municípios. A parte política deve ficar por conta de encontros com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Desde 2002, o espaço das eleições estaduais paranaenses fica cada vez menor para comportar os irmãos Alvaro e Osmar Dias. A cada uma das últimas três pré-campanhas, a novela se repetiu: há chance de uma disputa familiar direta? Aos trancos e barrancos, os dois conseguiram evitar um pleito fratricida, mas o cenário de 2014 é o mais difícil para ambos.

Alvaro não esconde o descontentamento com o PSDB local e a dificuldade de relacionamento com o governador Beto Richa. Mesmo com todo o prestígio na direção nacional do partido, será difícil manter esse cabo de guerra até o ano que vem. É surreal acreditar em uma chapa em que o candidato à reeleição para o Senado não reme para o mesmo lado do postulante ao governo.

O primeiro passo efetivo para uma reaproximação foi dado na semana passada. Alvaro anunciou que vai pedir, amanhã, urgência na votação do empréstimo de US$ 350 milhões negociado pela gestão Richa com o Banco Mundial. A tramitação da proposta, que está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, vem sendo prolongada desde o ano passado por intervenções do senador Roberto Requião (PMDB).

Osmar não tem mandato, porém não enfrenta resistência de aliados. Após a vitória do correligionário Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba, só não ocupa a vaga para o Senado em uma quase certa coligação com o PT de Gleisi Hoffmann se não quiser. Ou melhor, se o conflito familiar permitir.

Para entender melhor o que leva a esse imbróglio, é interessante traçar uma linha do tempo. Em 2002, Requião chegou a negociar um acordo com Osmar para apoiá-lo na disputa pelo Palácio Iguaçu. Como Alvaro decidiu concorrer, o trato foi desfeito. Requião disputou e ganhou o governo, Osmar reelegeu-se para o Senado.

Em 2006, Alvaro evitou um novo confronto com Requião. Osmar, que enfrentava problemas de saúde, só decidiu se candidatar a governador em cima da hora. Perdeu a disputa no segundo turno por 10 mil votos, em uma campanha que ficou marcada pelo distanciamento entre os irmãos.

2010 foi o ponto mais polêmico dessa trajetória. De olho nos votos de 7,5 milhões de paranaenses, as direções nacionais de PT e PSDB jogaram um irmão contra o outro. O tucano José Serra tentou arrastar Alvaro para sua vice e neutralizar a candidatura de Osmar, apoiado pelos petistas, contra Beto Richa.

Por pressão do DEM, que queria a vice de Serra, a estratégia não deu certo. Novamente nos últimos minutos, Osmar saiu candidato a governador. Só que com o apoio de Lula e do campo político oposto ao do irmão.

Depois da eleição, Osmar continuou aliado aos petistas e assumiu a vice- presidência de agronegócios do Banco do Brasil. No Senado, Alvaro tornou-se o mais ferrenho nome da oposição à presidente Dilma Rousseff. É praticamente impossível eles estarem na mesma chapa em 2014.

Também é quase inimaginável, por outro lado, que eles mudem a regra de não disputar eleições entre si. O problema é que, como em 2010, isso vai desencadear uma nova briga para que um irmão neutralize a força política do outro. Ainda assim, a novela tem inúmeras possibilidades de desfecho.

Um pode ser candidato a deputado federal e outro a senador, Osmar ser vice de Gleisi ou até cabeça de chapa – caso a petista fique na Casa Civil. As peças mudam, mas o roteiro é o mesmo. O tempo passa, os Dias ficam, só não se sabe com qual tamanho.

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