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Nos corredores

Paraná mais três

Lula participará de apenas mais quatro eventos de campanha antes do início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, dia 17 de agosto. Ele viajará a Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Paraná. A visita a Curitiba será no próximo dia 31 e cumprirá uma promessa pessoal feita a Osmar Dias (PDT). O presidente teria dito que participaria de quantos eventos fossem necessários no estado para eleger o pedetista governador.

Pessuti e Lula

O governador Orlando Pessuti (PMDB) reencontra-se hoje com Lula em Brasília para tratar de Copa do Mundo, dois meses depois de uma audiência privada com o presidente para discutir a campanha no Paraná. Na época, Pessuti reforçou que não estava disposto a desistir da reeleição em favor de Osmar. Lula sugeriu que fossem realizadas pesquisas para definir o escolhido. No final, deu Osmar.

Estou fora

Várias especulações rondam o papel do senador Alvaro Dias na campanha presidencial de José Serra. A última relata que ele seria coordenador eleitoral no Paraná. Alvaro faz questão de desmentir. "No Paraná, estou fora." Mais uma mostra de que o senador não quer chegar nem perto da disputa entre Beto Richa, com quem se desentendeu no começo do ano, e Osmar Dias, o irmão apoiado pelo PT.

Suponhamos que Paul, o polvo, comeu o mexilhão da caixinha da es­querda, aquela com a foto de Dilma Rousseff. Só nos resta prever como seria um terceiro mandato seguido do PT. Aliás, o primeiro compartilhado de maneira formal entre petistas e peemedebistas.

À primeira vista, essa será a grande diferença de um governo Dilma. Pela primeira vez desde 1989, o PMDB aderiria ao lado vencedor antes das eleições.

Ou seja, o presidente eleito não teria de perder meses em negociações para conseguir formar maioria no Congresso Nacional e garantir a tal governabilidade.

Como sempre faz questão de dizer Michel Temer, o vice de Dilma, a aliança entre os dois partidos será programática. Em outras palavras, ele se esforça para tirar a pecha de legenda fisiológica, que só pensa em cargos, do PMDB. Será que cola?

Não é em vão que Lula ressalta que Dilma é a gestora do atual governo. Para o bem e para o mal, é verdade. A ex-ministra foi quem desenhou a atual política energética do país, quem tocou o Programa de Aceleração do Crescimento, o Minha Casa, Minha Vida, o marco regulatório do pré-sal.

Quem compra a tese vota em Dilma porque acredita que ela tem capacidade gerencial de tirar de vez o país do subdesenvolvimento e levá-lo à era de modernidade prevista para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Tudo muito bonito, factível. Mas e o PMDB?

Difícil acreditar em uma convivência pacífica entre as cúpulas dos dois partidos. Na primeira rebelião dos peemedebistas no Senado para reivindicar o comando da Petro-Sal, da Segurobrás ou de qualquer neo-estatal com chances de sair do papel, já dá para imaginar a presidente saindo do sério. E, se tratando da pútrida política partidária, Dilma é só uma boa gestora.

Mas não é Lula e seus 80% de aprovação popular.

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Voltemos ao aquário. Na verdade, Paul preferiu entrar na caixinha de José Serra (PSDB). Também não é uma missão impossível imaginar como seria a volta dos tucanos ao poder.

Se Serra ganhar, possivelmente será mais pelas próprias forças do que pela ajuda dos aliados. Será porque o eleitor comprou a versão de que ele tem mais experiência e é mais preparado do que Dilma. E porque entendeu que os atuais programas sociais e a prosperidade econômica são o desdobramento do que foi plantado na gestão Fernando Henrique Cardoso.

Em matéria de apoio, por sinal, Serra não tem muito o que comemorar. Desde a rebelião do DEM para emplacar o candidato a vice, ficou difícil separar os que ajudam e os que atrapalham. Mas não serão os democratas que farão o possível presidente arrancar os poucos cabelos que lhe restam.

Dá para imaginar as primeiras reuniões para tentar cooptar o PMDB para o governo, o que inevitavelmente ocorrerá. Lá se vão a Petro-Sal, a Segu­robrás (se é que os tucanos deixariam elas serem criadas). E, se tratando da pútrida política partidária brasileira, Serra é só um sujeito muito experiente.

Mas não é Lula e seus 80% de aprovação popular.

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