Os filhos do deputado federal Nelson Meurer (PP) serão julgados pelo juiz federal Sergio Moro. O Supremo Tribunal Federal (STF) desmembrou o processo contra Nelson Meurer Junior e Cristiano Augusto Meurer a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que alegou a “ausência de conexão entre as imputações vertidas em face do congressista e as correspondentes as demais pessoas citadas na denúncia”. Moro ainda não aceitou a denúncia e aguarda a juntada do inquérito aos autos para dar prosseguimento à ação. Meurer foi denunciado ao STF por supostamente ter recebido R$ 29 milhões do total de R$ 357,9 milhões desviados pelo PP dos cofres da Petrobras.

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Imputações

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Segundo a denúncia da PGR, os filhos de Meurer teriam auxiliado o parlamentar a receber parte das propinas pagas, através de ocultação e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, os irmãos teriam auxiliado Meurer, “ora acompanhando-o nas entregas pessoais, ora recebendo-as diretamente dos entregadores escalados por Alberto Youssef”. O doleiro é apontado pelos investigadores como operador do PP no esquema da Petrobras.

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Em nome do pai

Os filhos teriam recebido, juntos, ao menos onze pagamentos de dinheiro em espécie em nome do pai. A verba partiu das mãos de Rafael Ângulo Lopez, entregador de dinheiro de Youssef, em Curitiba, e de Carlos Alexandre de Souza Rocha, entre 2008 e 2010. Lopez e Rocha firmaram acordos de colaboração premiada para auxiliar nas investigações. A coluna não conseguiu contato com as defensoras dos filhos de Meurer.

Indenização

O empresário Hermes Magnus, dono da empresa Dunel, que foi usada pelo ex-deputado federal José Janene (PP – morto em 2010) para lavar dinheiro do mensalão, pediu ao juiz federal Sergio Moro que estabeleça em R$ 2,3 milhões o valor para reparação de danos causados pelo esquema. O caso da Dunel foi descoberto depois de denúncias de Magnus e virou duas das ações penais referentes à operação Lava Jato. Segundo a advogada de Magnus, eventuais indenizações por “dano moral (abalo psicológico) e os prejuízos de natureza intangível (pesquisa e desenvolvimento de protótipos, valoração da marca Dunel, valoração da carteira de clientes e etc) serão objeto de pleito reparatório na esfera cível”.

Aniversário

As prisões dos ex-deputados André Vargas, Pedro Correa (PP) e Luiz Argôlo (SD) completaram um ano na semana passada. Os três foram presos na 13ª fase da Lava Jato, na deflagração da operação A Origem. Os três já foram condenados pelo juiz Sergio Moro. Vargas foi condenado a 14 anos de prisão e Argolo pegou 11 anos. Correa foi condenado a 20 anos e negocia acordo de colaboração premiada. Os três estão presos em Curitiba.