O Ministério Público Federal (MPF) apresenta na segunda-feira (14) uma nova denúncia da Operação Lava Jato. Desta vez, entre os denunciados está o pecuarista José Carlos Bumlai (foto), preso no fim de novembro. Amigo pessoal de Lula, o pecuarista vem negando as acusações de envolvimento no esquema investigado pela Lava Jato e até a proximidade com o ex-presidente. Resta saber se, a partir da denúncia, Bumlai vai resolver falar...
Delação minguada
O advogado Marlus Arns, que atua em alguns processos da Lava Jato, deixou a defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. O motivo: a delação premiada de Duque não andou e o advogado argumenta que “foi contratado só para isso”. Sem o acordo, a situação do ex-diretor fica complicada. Ele amarga, até agora, a maior condenação da Lava Jato: 20 anos e oito meses de prisão.
Efeitos da Lava Jato I
O ex-ministro José Dirceu prestou depoimento na quarta-feira passada (9). Na pauta, o pedido da Procuradoria-Geral da República para que ele perca o direito a prisão domiciliar referente à condenação no processo do mensalão, já que supostamente teria praticado outros crimes, investigados pela Lava Jato. Pessoas que o viram dizem que Dirceu, preso desde agosto, está visivelmente abatido, mais magro e com a voz cansada.
Efeitos da Lava Jato II
Quem também mudou muito depois da Lava Jato foi Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Especula-se que ele estaria com o rosto completamente diferente – resultado de plásticas – e que pintou os cabelos. Desde que começou a cumprir a pena em regime semiaberto, em outubro, o delator tem pedido para que seus depoimentos na Justiça Federal não sejam filmados. Apenas os áudios são gravados e divulgados.
Delações sigilosas
As delações premiadas de Dalton Avancini e Eduardo Leite,executivos da Camargo Corrêa, foram acertadas com a força-tarefa da Lava Jato em fevereiro, mas o conteúdo é mantido em sigilo até agora. Tudo indica que, a partir dos depoimentos, novos personagens aparecerão como envolvidos no esquema.
Parada de um mês
O recesso de um mês do Judiciário, a partir do dia 17, vai dar uma pausa no ritmo da Lava Jato. No período, todas as decisões passam a ser tomadas por um juiz de plantão. Lava Jato só no ano que vem: em 20 de janeiro, o juiz Sergio Moro retoma os processos com o interrogatório de réus da Pixuleco I, fase da operação que envolve José Dirceu.
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