Pronto, acabou. Passou tão rápido, que mal deu pra sentir. Sinto-me consolando o filho que vai tomar injeção, com aquelas mentirinhas que toda mãe fala enquanto o médico prepara a seringa: vai ser rápido, num instantinho acaba.

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Só que foi verdade, passou rápido mesmo. Foi assim nossa campanha para a prefeitura. Insossa. Cheirando a ontem, sem novidade. Insípida, com frouxa participação do eleitor – e pior, pouco estimulada pelos próprios postulantes e seus assessores/marqueteiros. Incolor, quase passa em branco. Só não é indolor para quem perde a eleição. Não faz mal: essa dor também passa rápido para eles. Afinal, minutos depois de divulgado o resultado do pleito de amanhã em Curitiba – que, salvo alguma reviravolta de proporções titânicas, revele um segundo turno – começa para eles, os políticos, a campanha de 2010.

Comentar o uso da internet nessa eleição foi uma tarefa que em alguns momentos chegou a ser quase cômica, beirando o deprimente. Mais de uma vez, praticamente não tive o que comentar sobre esse tema, devido à total ausência de novidades.

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Acabei, de vez em quando, invadindo outras searas. Aliás, despeço-me do (e)leitor lembrando que os nobres colegas de cobertura eleitoral e colunistas especiais deste período, aqui nesta Gazeta, analisaram muito bem a campanha. Em reportagens e colunas, de diversas formas, retrataram o ranço e ausência de idéias e debates genuínos deste pleito e trouxeram à tona os assuntos mais interessantes para o dia-a-dia do cidadão curitibano.

Mortes anunciadas

Rogério Galindo foi mais longe. Em sua coluna, decretou o fim da campanha uma semana antes da votação – fazendo inclusive um balanço adiantado de perdedores e ganhadores. Quase como escrever um obituário antes que o potencial defunto vá desta para a melhor. Belo exercício literário e jornalístico de mortes anunciadas.

Para finalizar, comento o banho de política que foi o debate entre os candidatos a vice-presidente dos EUA, nesta quinta-feira. Uma aula de cobertura multimídia, com participação espetacular dos eleitores/espectadores. Mas, reportar e analisar todas as formas de interatividade, dos mais diversos canais e veículos de mídia dos Estados Unidos na atual campanha para a presidência, renderia um livro. Não sou eu que vai se atrever a escrevê-lo, e sim os "feras" no assunto, que estão lá, vivendo o dia-a-dia dessa campanha.

Desde a "mainstream media" – a grande imprensa – até os blogueiros, passando pelo chamado jornalismo alternativo e/ou independente (que por lá é bem ativo), a convergência de mídias está presente em todo lugar, de um jeito "quente", ativo, ininterrupto, com efetiva participação dos cidadãos, com os candidatos sendo verdadeiramente sabatinados, escrutinados e analisados. Será que a gente aprende como faz?

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