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Em quem um candidato deve focar suas mensagens?

Reclamamos da falta de idéias e de boas e inteligentes propostas. Ora, se o candidato for realmente bom e ficar explicando o seu plano de ação, por mais sério e competente que seja, à parte da população que entende o que ele está falando e sabe separar o joio do trigo, com certeza vai perder as eleições. Pois estará se dirigindo para uma minoria e minoria esclarecida não ganha eleição.

É por isso que a mediocridade – nivelar pela média – é o que sempre aparece nas campanhas eleitorais. O cidadão comum não entende de boas propostas, ele quer ouvir sobre os seus problemas mais imediatos com muito show e teatralidade. Candidatos histriônicos nos incomodam, mas são bons de votos. É a dura realidade.

Política e teatralidade

Quanto mais teatral, mais próximo o candidato chega da vitória. Foram atores imbatíveis: Leonel Brizola, Collor e Jânio Quadros.

As campanhas devem ser sempre direcionadas aos da periferia e não aos conscientes, estes que tirem as suas conclusões.

Políticos, tomem cuidado com os conselhos dos marqueteiros e dos publicitários. Eles pensam que sabem falar com o povo, mas não sabem, nem para vender sabonetes. Nos últimos tempos há um estudo de como as multinacionais e as agências de propaganda devam falar com as classes populares. Descobrimos, com a transformação da classe C em classe média, que estávamos longe dos seus corações e mentes.

O povo entende melhor as regras da tradição oral: bata na técnica da repetição da mensagem, fale com clareza e simplicidade, de preferência de um só assunto, o que for do interesse imediato do eleitor.

Afinal, uma boa campanha, mas é da Justiça Eleitoral

Quem deve cuidar das campanhas dos candidatos é quem apresentou até agora as melhores peças sobre o tema eleições. É um primor em consistência e inteligência a campanha "4 anos é muito tempo." – Ela faz pensar.

Entourage para ganhar eleições e para governar

Um dos conselhos políticos mais sábios que já ouvi foi o do político mineiro José Maria Alkmin ao presidente Juscelino Kubitschek – "Agora que você ganhou a eleição (1956) dê alguns cargos a esta turma que o ajudou e cerque-se de gente boa e competente para ajudá-lo a administrar o país. Tem gente para ajudar a ganhar eleição e tem gente para ajudar a governar." Juscelino ouviu o conselho e ficou para a história como grande estadista. Lula manteve a turma da boca-de-urna e deu no que deu.

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