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Lula desce hoje em Curitiba e não será aguardado pelo PMDB em festa, como acontecia na época em que o presidente dividia palanques com Requião.

Em pouco mais de três anos, Lula passou de aliado de Requião a interlocutor distante. A relação entre os dois se esgarçou em permanente hostilidade.

Requião tornou-se crítico do governo federal. Duro. Sem complacência. O que levou parte do PT nativo a reagir e ampliar o fosso que separa os dois partidos e que torna inviável a repetição da fórmula que elegeu Requião e Lula no Paraná.

Há, ainda, um bloco de petistas que ronda a cerca do Cangüiri e que terá o apoio do governo nas eleições deste ano. São deputados como Ângelo Vanhoni e Natálio Sticca, mais próximos de Requião do que da cúpula do PT nativo.

As pendengas administrativas não são de somenos. Requião não aceita a posição do Ministério da Agricultura na questão dos transgênicos. Culpa o Dnit pela situação das estradas federais e pela permanência do pedágio.

Há mais. Acusa o Ministério dos Transportes de boicotar o porto de Paranaguá. A Anteag estaria cortando recursos e inviabilizando obras de ampliação e modernização do porto.

Na área econômica, Requião critica a política de juros altos. Diz que o Ministério da Fazenda continua a se utilizar da Lei Kandir para prejudicar o Paraná, produtor de primários.

Requião acusa o governo federal de discriminação. Diz que o Paraná recebe menos recursos do que a maioria dos demais estados. E culpa o Ministério da Fazenda de omissão no imbróglio do Banco Itaú, pois o Banco Central obriga o estado a pagar uma dívida que o governo estadual considera indevida.

Como se vê, há temas suficientes para uma longa pauta de desavenças. E a evidência de que o PMDB da terra prefere ficar longe do PT e se aproximar, cada vez mais, dos tucanos que, no Paraná, estão em alta.

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Requião e Alckmin – Os tucanos pragmáticos querem um encontro entre o governador Requião e o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Sonham com a possibilidade de ver os dois no mesmo palanque no Paraná.

Lula na Cop8 – O presidente Lula não deve participar do jantar oferecido a autoridades e participantes da Cop8. Amanhã, ao lado do governador Requião, participa de reunião com os ministros do Meio Ambiente no Expocenter.

Garantia de quórum – Irritado com os companheiros que cabulam as sessões, o líder do governo, Dobrandino da Silva, enviou ofício aos secretários e presidentes das estatais para que não agendem audiências com deputados da base aliada, de segunda a quarta-feira, das 14h30 às 17 h. Quer quórum suficiente para a votação dos projetos em tramitação na Assembléia.

Período de testes – Nos últimos dias, o prefeito Beto Richa passou por uma série de testes. A greve relâmpago no transporte público. A ameaça de greve do pessoal da limpeza pública. A pressão dos funcionários pelo aumento salarial maior. E o movimento estudantil pedindo meio-passe.

Com desenvoltura – Beto Richa passou pelas provas com desenvoltura. As greves foram superadas, os estudantes foram recebidos depois de décadas sem diálogo com a prefeitura. E tudo isso aconteceu em período delicado, quando a cidade recebeu milhares de delegados para os encontros da ONU.

País obscuro – O presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, acredita que se o governo federal não mudar em breve a política econômica, dias terríveis se transformarão em realidade. "Carga tributária exagerada, juros altos, câmbio que inibe a exportação. Ou se muda tudo, ou o Brasil se torna um país obscuro", diz.

No ar – O governador Requião aproveitou suas folgas na agenda e gravou em todas as regiões do Paraná sua participação no programa do PMDB que vai ao ar em abril.

Franklin em Curitiba – O jornalista Franklin Martins, comentarista político da TV Globo, dá palestra amanhã na Unicenp. "As eleições de 2006 e suas conseqüências para 2007".

Profissionalização – "A Fiep lança na segunda-feira o Programa Líderes Empresariais na Política", com apresentação do professor Belmiro Valverde Castor Jobim. Na palestra "Indo mais longe e mais fundo para entender o Brasil", ele repassa as questões políticas e econômicas nacionais. No Cietep, às 17horas.

Farpa – "É piada que a lei que acaba com nepotismo só comece a vigorar no fim do ano", do deputado Ratinho Junior, do PPS, que promete lutar para que a lei entre em vigor o quanto antes.

Não ofende – Se Alvaro Dias não pretende ser candidato a governador, por que pediu pesquisa para medir as suas possibilidades?

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As boas – O programa Farmácia Popular recebe amanhã a adesão de estabelecimentos privados interessados em vender medicamentos por preços até 90% menores que os cobrados no mercado.

As más – As estradas federais no Paraná estão entre as piores do Brasil. Ficam atrás apenas das de Minas e do Rio, diz o ministro do TCU, Augusto Nardes, que percorreu 600 quilômetros pelas BR-476 e BR-116.

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