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No vácuo da crise política, o país fica exposto a todo gênero de acidentes e aventuras, diz o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Apesar da retórica sempre otimista do governo, os negócios estão parando, os salários encolhem, a curva do desemprego voltou a acentuar-se, constatam, impá-vidos, os industriais.

Raciocinam eles que a política, que deveria ser o espaço de trânsito das demandas sociais, foi seqüestra-da por grupos regidos pelo excesso de soberba e au-sência de ética quando tratam do interesse público.

Até agora o empresariado – e os industriais de uma forma particular – estavam um tanto distantes desta seara. Envolvidos no equacionamento dos entraves econômicos que atrasam o bom andamento dos negócios e fazem o Brasil patinar, como juros altos, câmbio sobrevalorizado e carga tributária elevada, vinham delegando a política aos políticos.

A Federação das Indústrias quer mudar essa situação. Durante seu Congresso Paranaense, a entidade lançou a Ação Política Empresarial, movimento que procura mobilizar o setor produtivo para agir na política e impulsionar as mudanças estruturais e conjunturais que o país necessita.

Do movimento faz parte a Rede de Participação Política do Empresariado Paranaense, que utiliza como ferramenta principal de participação a internet.

A Rede funciona como fórum virtual, que procura reunir empresários em torno do aprimoramento do sistema político brasileiro. Temas como voto consciente, consistência partidária, sistema de governo, eleitoral e de representação, além de outros, integram a pauta de debates.

"É um espaço aberto para todos os que têm interesse no desenvolvimento sustentado do Brasil", afirma o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

De acordo com ele, trata-se de elaborar uma agenda estratégica para o Brasil. Nela, a modernização da política assume dimensão fundamental.

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Mínimo às pressas – O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, avisa que poderá antecipar em um dia a votação do projeto do mínimo regional. Ele espera ouvir a posição da Faep e da Ocepar que estarão na Assembléia na terça-feira e imediatamente enviar a matéria ao plenário.

Corretivo – O presidente do PMDB, Dobrandino da Silva, convocou reunião para enquadrar os 14 deputados da bancada. Vai cobrar a presença dos deputados que faltam às sessões da Assembléia. Segundo ele, muitos aparecem no começo da sessão e depois "somem".

Pratos limpos – O deputado Nereu Moura, do PMDB, dá entrevista coletiva na terça-feira sobre as denúncias de desvio de dinheiro do Ministério Público Federal. Às 14horas no Plenarinho.

Homenagem – O ex-policial Pedro Plocharski, assassinado há cerca de dois anos após denunciar esquema de corrupção na Polícia Militar do Paraná, dará nome a uma fundação que vai atuar na área social. Prestígio – O prefeito de Foz do Iguaçu Paulo Mac Donald anda feliz com os resultados que colheu em sua viagem a Brasília. No Ministério da Saúde, o prefeito obteve a promessa de priorização da liberação das verbas para equipar o Hospital Municipal.

Pirataria de tudo – Para quem acha que a pirataria se limita a CDs, DVDs e produtos de informática, o secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Márcio Gonçalves, informa que a lista de falsificados envolve medicamentos, materiais cirúrgicos e até mesmo rolamentos de turbinas de avião. Triste comparação – O Brasil avançou, mas ainda está longe de economias de países parecidos com o nosso, como a China, Coréia e México. Enquanto nesses países a dívida pública padrão é de 30% do PIB, no Brasil chega a 51%. A carga tributária varia de 25% a 30% do PIB e no Brasil é de 38% no Brasil, avalia o deputado Durval Amaral, em crítica ao governo Lula.

Mais empregos – Enquanto a necessidade de emprego no Brasil cresce 5% ao ano, a economia sobe modestos 2,5%. "O contexto macroeconômico é perverso: alta carga tributária, juros mais elevados do mundo, câmbio completamente fora do lugar; a agricultura em crise, e um crescimento pífio do PIB", analisa o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Arrancadão de jerico – O líder do governo na Assembléia, Dobrandino da Silva, terá um feriadão de 1.º de maio cheio de compromissos. Marcou presença sábado e domingo na festa alemã de Missal, a 5.ª Deutsches Fest, um rodeio em Braganey e participa da 2.ª Expo-Serranópolis, com direito a arrancadão de Jerico.

Farpa – "Tem muita gente procurando calmante na farmácia", diz o deputado Valdir Rossoni sobre as denúncias de desvios de verbas na Assembléia.

Não ofende – Este é apenas o início do primeiro round?

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As boas – O saldo de empregos formais no Paraná saltou de 27,9 mil empregos de janeiro a março de 2005 para 31,5 mil empregos no primeiro trimestre de 2006.

As más – Em 2004, foram registrados 459 mil acidentes de trabalho em todo o país. No mesmo ano, mais de 2,8 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes.

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