• Carregando...

O presidente Lula deve desembarcar em Curitiba na terça, para evento da ampliação de investimentos na Petrobrás de Araucária.

O importante vem depois. Lula quer marcar conversa a dois com o governador Requião, que ainda consta de seu rol de possíveis aliados.

A reaproximação tropeça nas relações difíceis entre Requião e setores do PT. Para que se tenha uma idéia, nenhum representante do governo ou do PMDB compareceu à posse da nova diretoria da CUT-Paraná na quarta à noite. Sinal de que as coisas vão mal.

Ou seja, Requião e sua armata não consideram a entidade com peso suficiente para merecer as atenções oficiais. Mais ainda depois que ela passou a hostilizá-lo em manifestações públicas, como aquela da visita do presidente da Venezuela, Hector Chávez.

De Brasília veio Wagner Caetano, secretário nacional de articulação da Presidência da República, que estranhou não encontrar ninguém do time de Requião. Mas logo compreendeu os motivos ao conversar com os políticos do PT nativo.

O sentimento de deputados, senador, sindicalistas e delegados do PT é de ressentimento contra o governador. Acreditam que ajudaram a elegê-lo e não receberam nada em troca, como recomenda a Oração de São Francisco de Assis, aquela que prega "é dando que se recebe".

Entendem que Requião levou para o governo gente da antiga Arena e do PDS e os esqueceu na planície. Tentam a sorte e o futuro em torno da candidatura própria de Flávio Arns e não admitem que se fale em aliança com o PMDB.

Na verdade, Requião e seus estrategistas não dão importância a esses reclamos. Sabem que o peso eleitoral da CUT e do PT de linhas radicais é insignificante no universo que decidirá a eleição de outubro. Quem também sabe disso é o presidente Lula, que nesta quadra prefere fechar com Requião do que com os humilhados e ofendidos de seu próprio arraial.

Sem limites – O presidente em exercício do PDT, deputado Augustinho Zucchi, garante que o senador Osmar Dias recusa-se a fixar data para declarar se sai candidato ou não ao governo estadual. "Osmar não aceita limites", diz Zucchi. Uau.

Beira-mar – Requião foi a Florianópolis para a reunião do Codesul e ficou por lá no feriado de ontem em conversas com os governadores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que também são do PMDB e apóiam o tucano Geraldo Alckmin.

Defesa de Vargas – O presidente do PT estadual, deputado André Vargas, diz que não é responsável pelo fim da aliança entre PT e PMDB no Paraná. "Há quatro anos, o Requião bate no Lula e se apropria dos benefícios federais. Ele é o culpado pelo afastamento do PT", defende-se.

Pura provocação – O governador Roberto Requião deu prova de que está irritado com o PT estadual. Ao se referir ao pré-candidato do partido ao governo, senador Flávio Arns, na quarta-feira, perguntou: "Como é mesmo o nome dele"?

Homenagem a Osmar – O prefeito de Curitiba, Beto Richa, sancionou nesta semana o projeto de lei do vereador Tito Zeglin, do PDT, que concede o título de cidadão honorário de Curitiba ao senador Osmar Dias.

Protesto em Brasília – O presidente da AMP e prefeito de Nova Olímpia, Luiz Lázaro Sorvos, estará em Brasília entre os dias 27 e 28 deste mês para participar da nova mobilização promovida Confederação Nacional dos Municípios. Os prefeitos vão reivindicar a minirreforma tributária, particularmente o item que amplia de 22,3% para 23,5% o Fundo de Participação destinado às prefeituras.

Paternidade – O vereador Stephanes Jr., do PMDB, critica a apropriação por Lula dos projetos assistencialistas do governo federal. Lembra que a maioria deles foi lançada no primeiro mandato do governo FHC, pelo seu pai, o então ministro Reinhold Stephanes. "É bom que se faça justiça", afirma.

Cartilha contra assédio – Autor do projeto que combate a prática de assédio moral nas dependências da administração pública estadual, o deputado Tadeu Veneri, do PT, lançará a Cartilha "Assédio Moral", na próxima quarta, no Centro de Estudos Políticos e Culturais Ernesto Che Guevara.

Farpa – "Brasília revela, de novo, sua insensibilidade em relação à situação do empresariado, já penalizado por uma política que está levando a economia brasileira à anorexia", do presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, sobre o veto de Lula à reabertura do Refis 3.

Não ofende – O governador Requião ainda está disposto a conversar com o presidente Lula sobre aliança política para a eleição de outubro?

As boas – Em 2006, 1,4 milhão de postos de trabalho com carteira assinada devem ser abertos no Brasil. A estimativa é do Ministério do Trabalho.

As más – Os auditores fiscais da Receita Federal, em greve desde o dia 2 de maio, devem manter a paralisação por tempo indeterminado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]