Gustavo Fruet, o candidato estepe dos tucanos ao governo, parece ter entendido em que enredo se meteu e adiantou as condições para assumir a missão.

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Em primeiro lugar, exige a unidade de todos os tucanos em torno de seu nome. Mas sabe que isso não basta. Além de unidade, quer garra, disposição de luta, entusiasmo para elegê-lo.

Por exemplo: não vai à guerra se uma turma de tucanos insistir em rondar a cerca de Requião. E essa turma não é pequena, a julgar pelas últimas reuniões de tucanos com o time do PMDB que habita o quarto andar do Palácio Iguaçu.

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Sem contar os que acreditam que a candidatura de Fruet servirá mesmo para estimular o senador Osmar Dias a topar a parada.

Os marqueteiros do tucanato nativo acreditam que a candidatura de Osmar Dias tem densidade para encarar o governador Requião. Com a ajuda do prefeito Beto Richa, o senador poderia chegar lá ainda no primeiro turno.

Mas se Osmar saltar desse barco e Fruet assumir a missão, a direção do PSDB terá que estabelecer uma estratégia para levar seu candidato ao segundo turno. Então, só então, tentará reunir todas as forças de oposição para enfrentar Requião.

Fruet sabe que sua candidatura depende do desempenho de outra, a do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, que ainda não decolou, como se vê nas pesquisas de opinião.

Dizem os marqueteiros que ela vai pegar no tranco, na campanha, e têm boas razões para desenvolver essa linha de otimismo. Entre elas, a evidência de que o presidente Lula dispõe de um tempo enorme de exposição na mídia, enquanto Alckmin mal aparece no noticiário.

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A situação no Paraná é idêntica. O governador Requião está sob os holofotes. Para o bem e para o mal. Fruet ainda terá que se tornar conhecido e vender seu peixe, tarefa que exigiria mesmo um pacto de lealdade que envolvesse todo o pessoal do poleiro.

Osmar no páreo – O deputado Eduardo Sciarra, do PFL, visitou o senador Osmar Dias no Incor. Saiu animadíssimo com a disposição de Osmar para voltar à peleia. Não duvida de que será o pedetista o candidato das oposições no Paraná.

Visita ilustre – No fim de semana, Osmar Dias deverá receber a visita do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, que pretende saber, de uma vez por todas, se Osmar será ou não candidato a governador do Paraná.

A todo o vapor – Enquanto tucanos, pefelistas, pepistas e assemelhados debatem sobre quem será seu candidato, Requião aproveita o espaço e viaja todo o interior. Nunca menos de quatro municípios por dia. Ontem no Sudoeste, hoje estará no litoral entregando obras.

Haja diazepan – Depressão no arraial do PT. A decisão dos deputados Ângelo Vanhoni e André Vargas de disputar vagas na Câmara Federal deixou a chapa de deputados estaduais sem puxadores de votos na Grande Londrina e em Curitiba.

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Correção de rumo – Na segunda-feira, o PT nativo se encontra na terceira plenária para avaliar a quantas anda a candidatura do senador Flávio Arns a governador e de Gleisi Hoffman ao Senado. Tem gente querendo exigir de Arns mais calor no seu discurso, e de Hoffman, presença maior no principal colégio eleitoral, o de Curitiba.

As penas do Hauly – Não duvidem. O PT quer depenar o tucano Luiz Carlos Hauly e aproveita o envolvimento do assessor Amauri Escudeiro no imbróglio da quadrilha comandada por Laércio Pedroso que se dedicava a extorquir empresas e fornecedores de Itaipu e outras elétricas. Hoje, Escudeiro depõe na Polícia Federal, em Curitiba.

Começou a baixaria – Os outdoors do PPS de Rubens Bueno em que aparecem os deputados do partido afirmando que são 100% contra o nepotismo, amanheceram com a inscrição "mais 8% por fora", em alusão a propinas cobradas de prefeituras em troca de aplicações de fundos de previdência.

Bate-chapa – O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, diz que não aceita a candidatura a vice-governador de chapa pura dos tucanos. Nesse caso, prefere disputar a indicação para Senado na convenção, o que o levaria a trombar de frente com o senador Alvaro Dias.

Muito indignado – "De absolvição em absolvição, o Congresso completou o time do mensalão, absolvendo o décimo primeiro parlamentar envolvido no escândalo", disse o indignado presidente da OAB, o paranaense Roberto Busato.

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Farpa – "Quem consultou Romeu, que o embale", disse o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, ao deputado Durval Amaral, quando este lhe perguntou o que devia fazer com o parecer do jurista Romeu Bacelar depois que o governo retirou a proposta de lei antinepotismo.

Não ofende – O que o governo liberou para a agricultura mais a alta do dólar acalmará os produtores?

As boas – O Paraná, segundo o Ministério do Trabalho, gerou 51.230 empregos com carteira assinada nos quatro primeiros meses deste ano.

As más – O Incra do Paraná aderiu à greve nacional do órgão. Os funcionários pedem reajuste salarial e fortalecimento da categoria.