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A oposição precisava de 33 votos para manter a emenda antinepotismo em segunda votação. Conseguiu apenas 29, dos 40 que obteve na primeira rodada.

Ora, pois, não é preciso muita aritmética para perceber que houve gente que mudou de lado. Onze deputados não repetiram o gesto e ontem ficaram com a banda do governo.

O que mudou? Muita coisa em poucos dias. Mas o fundamental para o êxito palaciano foi a substituição de coordenador político. Saiu Caíto Quintana e entrou Rafael Iatauro. A Casa Civil passou a articular todas as pressões para virar o jogo.

Deu no que deu. Iatauro não é de dar entrevistas. Age nas sombras. Trabalha obsessivamente para alcançar um resultado. Fez ver aos deputados do PMDB que votar pela emenda de Tadeu Veneri significava votar contra o governador Requião. Lembrou-os das punições possíveis. Jogou pesado.

Aos aliados, Iatauro mostrou a porta de entrada que também é a de saída. E estabeleceu uma regra. Quem é do time do Requião e não quer votar contra ele, no mínimo não apareça.

O seu sistema funcionou. No PMDB, os amotinados se renderam facilmente. Mesmo aqueles que fizeram discursos apaixonados no primeiro turno, caso da deputada Elza Correia, que ontem mudou de rumo.

Foram 29 votos. Faltaram quatro para confirmar o fim do nepotismo. O PT diz que sabe o nome de seus filiados que mudaram de posição. Ângelo Vanhoni, Pedro Ivo, Natálio Stica e Hermes da Fonseca. Estes justificam a atitude dizendo que pretendem aglutinar as três propostas que estão na Assembléia. Difícil será convencer o presidente André Vargas e seus companheiros de PT.

Tadeu Veneri, autor da emenda, diz que sofreu mais em ver os companheiros de partido afundando o barco, do que a derrota de sua proposta. Esta, diz Veneri, voltará um dia, já os companheiros não terão como recuperar a dignidade.

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Provador oficial – O cozinheiro de Hugo Chávez já está no Palácio Iguaçu e vai acompanhar a preparação das refeições que o presidente venezuelano terá em Curitiba.

Roendo a corda – O PMDB nacional realiza reunião hoje entre os dois presidenciáveis do partido, Anthony Garotinho e Itamar Franco, para avaliar a convocação de uma convenção nacional para decidir se o partido deve ou não lançar candidato próprio à sucessão de Lula.

Conversa de Tucanos – O presidente do PSDB nativo, deputado Valdir Rossoni, e o líder da bancada na Assembléia, deputado Ademar Traiano, estarão hoje em Brasília. Conversam com o senador Tasso Jereissati e com candidato do partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Palanque de oposição – Rossoni pretende convencer a cúpula nacional de que o melhor palanque para Geraldo Alckmin, no Paraná, é um palanque que aglomere fortes correntes políticas desencantadas com o presidente Lula.

O presidente do PSDB – O PPS decidiu em reunião de sua Comissão Executiva Nacional, apoiar o pedido de impeachment de Lula. O PFL de Antônio Carlos Magalhães adorou e já passou a chamar o pessoal de Roberto Freire de companheiro.

Às moscas – O governador Requião não gostou nem um pouco das ausências de secretários estaduais na escolinha de ontem. Avisa aos gazeteiros: quem não comparecer na próxima reunião será considerado demissionário.

Lei Kandir – O senador Osmar Dias, líder do PDT no Senado, defendeu ontem da tribuna solução para compensar os estados exportadores, entre eles o Paraná, conforme determina a Lei Kandir, que desonera do pagamento do ICMS as exportações de produtos industrializados semielaborados e produtos primários.

Orçamento – Edson Strapasson, do PMDB, é o novo presidente da Comissão de Orçamento da Assembléia Legislativa. A vaga era ocupada pelo deputado Ademir Bier, suplente de Caíto Quintana.

Homenagem – O deputado Marcos Isfer, do PPS, protocolou projeto de lei que denomina de "Antônio Annibelli", a Rodovia PR-662, que liga Mangueirinha ao município de Segredo, na Região Sudoeste do Paraná.

Pela Vida – Dois secretários – Forte Netto e Cláudio Xavier – falam hoje com 60 prefeitos sobre o Pacto Estadual pela Vida, lançado pela presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns.

Farpa – "A motoniveladora do Iatauro funcionou em terreno pantanoso", diz André Vargas sobre a votação de ontem da lei antinepotismo.

Não ofende – Plano B é Bueno e plano C é Cassio. O plano A será Alvaro?

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As boas – O plantio florestal no Brasil aumentou 19% em 2005. Só no ano passado, foram plantados mais de 550 mil hectares de florestas. O número é 19% superior a 2004.

As más – Estimativas de economistas apontam que os brasileiros terão que trabalhar 167 dias só para pagar os impostos. No ano passado foram 142 dias, R$ 4,16 mil de tributos por contribuinte.

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