Requião disse aos prefeitos e deputados, ontem, que ainda não sabe o destino que vai tomar na disputa presidencial.
Na eleição passada, Requião definiu seu rumo à revelia do PMDB. O partido apoiou José Serra. Requião apoiou Lula.
Apesar da vitória, a aliança com o PT definhou e parece ter chegado ao fim. Ontem, Requião disse que só voltaria a apoiar Lula se ele mudasse radicalmente a política econômica.
Todos sabem que Lula não muda a orientação da economia. Logo, não há entendimento possível. Requião está livre para fazer o que mais tem feito nos últimos tempos, conversar com a outra banda, a dos tucanos.
Nessa linha, é provável que desta vez Requião acompanhe o PMDB, que neste momento se inclina a apoiar o tucano Geraldo Alckmin à Presidência da República.
Situação que deixa alguns tucanos e pefelistas da praça à beira de um ataque de nervos. Ontem, o presidente do PSDB nativo, Valdir Rossoni, apressou-se a relançar a candidatura de Gustavo Fruet a governador.
O problema maior é da turma do PFL que tem urticária quando ouve falar em aliança com Requião. Foram tão adversários do governador em suas bases que agora não teriam como explicar a súbita aliança.
Nem pensar, diz o deputado Plauto Miró Guimarães, um dos pefelistas que não perderam a esperança de que os tucanos venham a ter candidato próprio depois de junho.
Que fazer? Perguntaria Lenine. Os pefelistas pragmáticos, como o deputado Nelson Justus, que ontem esteve com Requião, não têm nenhum pejo em aliar-se ao governador. Seu exemplo começa a ser seguido por outros, que rondam a cerca do Cangüiri e do Iguaçu com um único objetivo, garantir a reeleição.
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Apelo dramático O deputado do PFL, Durval Amaral, fez um apelo, ontem, ao senador Osmar Dias. Da tribuna da Assembléia pediu que ele se decida de uma vez por todas sobre a candidatura ao governo. O PFL, diz Durval, precisa se definir e não tem mais tempo para esperar.
Prazo máximo O deputado Valdir Rossoni, presidente do PSDB nativo, garante que o partido nunca esteve indeciso, mas não vai esperar até 2 de outubro para tomar uma decisão. Espera a palavra de Osmar Dias só até 20 de abril.
Nome alternativo Rossoni garante que poderá convencer Gustavo Fruet a assumir a candidatura tucana ao governo. "O vice seria do PFL de Londrina ou de Maringá", adianta.
Melhor com Mantega Requião pediu ao presidente Lula que passe o problema do Banco Itaú versus governo do Paraná ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele acredita que poderá se entender melhor com Mantega do que com o paranaense Paulo Bernardo, do Planejamento.
Derrubado Foi derrubado, por 36 votos contra e apenas 2 a favor, o projeto do deputado Neivo Beraldin que proibia empresas de comunicação ligadas a políticos receberem verbas de propaganda do estado. O outro voto a favor do projeto foi do deputado tucano Valdir Rossoni.
Dúvida atroz Ontem, em Belo Horizonte, André Vargas, Nedson Micheleti e o ministro Paulo Bernardo se encontraram à margem da assembléia anual de governadores do BID para tratar de um assunto bem paroquial. Vargas será ou não candidato a deputado federal no espaço de Bernardo?
Velhos companheiros Ricardo Gomyde foi à posse do novo ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, velho companheiro do PCdoB, que morou em Araucária em 1994 e ajudou a eleger Gomide deputado federal.
Cidadão de Almirante O ex-secretário Renato Adur, hoje na coordenação da reeleição de Requião, recebe título de cidadania honorária em Almirante Tamandaré.
Farpa "Não me sinto à vontade para apoiar nem Lula, nem Alckmin, nem nenhum dos candidatos à Presidência da República", disse o governador Requião aos prefeitos, ontem, na reunião do Mãos Limpas.
Não ofende O único pecado do político é perder eleição?
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As boas A OAB e a CNBB lançaram a campanha nacional de combate à corrupção eleitoral. Receberão denúncias da população.
As más O INSS bloqueou mil e quinhentas aposentadorias no Paraná. São aposentados que não participaram do censo previdenciário.