Rompeu-se de vez o que já estava roto. A aliança entre o PMDB de Requião e o tucanato nativo foi pelo ralo. Todas as tentativas de aproximação do senador Alvaro Dias e Roberto Requião não deram em nada, apesar do esforço do baixo clero.

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Alvaro não aceitou a idéia de um encontro secreto com Requião. E mostrou-se de maus bofes com quem lhe fez a proposta e saiu alardeando suas qualidades de articulador.

Requião, pelo que se viu ontem na reunião do programa Mãos Limpas, também não está para achegos. Descartou o namoro com os tucanos porque se diz adversário ideológico de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB.

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Mas isso não é tudo. Requião percebeu que não poderá contar com a simpatia da turma de Alvaro Dias e sabe que no PSDB do Paraná aumentou a tigrada que não vê outra solução que não seja candidatura própria. A única alternativa que esse time admite é o projeto de Osmar Dias, do PDT. Na acepção de Valdir Rossoni, Osmar é um tucano em outra sigla.

É bom dizer que nem todos os tucanos desertaram do arraial de Roberto Requião. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, mantém esperanças de um entendimento que possa vir de cima, embora saiba que a cúpula nacional do PMDB quer mesmo um bom acordo com Lula e o PT.

Já o governador Requião acredita que poderá encarar o desafio da reeleição com os aliados de sempre. Tem compromisso do PTB, do PCdoB e de partidos à esquerda. Estes se agrupariam em frente que se dispõe a apoiar a reeleição de Lula e a reeleição de Requião, sem aliança nas proporcionais.

Pouco a pouco vai ficando mais claro o quadro da eleição no Paraná, com três correntes se ajustando. A de Requião e o PMDB, a dos tucanos somados ao PDT, e a do PT de Flávio Arns e Gleisi Hoffman. O resto vai fazer figuração.

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Antes do vexame – O PT retirou a proposição de título de cidadão honorário do Paraná para o ministro da Educação, Fernando Haddad. Percebeu que poderia perder a votação em plenário.

Vai ou não vai? – Requião tem 120 dias a partir da votação na Assembléia para nomear o vice Orlando Pessuti conselheiro do Tribunal de Contas. E tudo indica que vai usar todo o prazo de que dispõe, pois há a hipótese de Pessuti ainda compor a chapa da reeleição.

No banco – Além do que, Requião pretende viajar a Europa em abril e gostaria de deixar Pessuti em seu lugar. Se Hermas Brandão assumir ficará inelegível.

Troca de discursos – Na sala vip do Cop8, no Expotrade, o governador Requião sugeriu ao prefeito Beto Richa que trocassem os discursos que fariam logo em seguida. Beto Richa pensou, pensou e achou melhor não arriscar.

Jogou a toalha – O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, desistiu de disputar as prévias de junho. Passa a apoiar o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, como candidato do PMDB à Presidência. No Paraná, Rigotto venceu de lavada. Teve 690 votos contra 210 de Garotinho.

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Protesto na escolinha – A APP Sindicato organizou protesto para hoje na escolinha do governo que terá sessão no Teatro Guaíra, onde 2.100 diretores tomarão posse. Os professores reivindicam reposição salarial de 56,94% e a aprovação do plano de carreira. Operação tartaruga – Amanhã os professores farão operação tartaruga, dando aulas de apenas 30 minutos e no dia 28 paralisam de vez as atividades.

Agora é lei – Requião regulamenta amanhã a lei que obriga a rotulagem dos alimentos geneticamente modificados. A autoria é da petista Luciana Rafagnin.

Aprovação prévia – O deputado André Vargas garante que o Orçamento, tal qual saiu da Assembléia, passou pelo crivo do secretário do Planejamento, Reinhold Stephanes, que o aprovou em almoço do qual também participaram os deputados Durval Amaral e Marcos Isfer.

Martelo – O entrave para definir as alianças nas eleições deste ano provavelmente será removido na quinta-feira. O STF dará palavra final sobre a constitucionalidade da vigência em 2006 da emenda que acaba com a verticalização.

Poleiro em festa – Os tucanos nativos continuam a comemorar o Datafolha que mostrou Geraldo Alckmin em ascensão de 17% para 23%.

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Alívio petista – Nos arraiais do PT, suspiros de alívio depois do Datafolha. O presidente Lula manteve seu índice, em torno de 43%, que lhe permite sonhar com vitória ainda no primeiro turno, explica a candidata ao Senado Gleisi Hoffman.

Farpa – "A oposição surfa toda vez que vê o bom desempenho de Lula nas pesquisas de opinião", diz o ministro Paulo Bernardo.

Não ofende – O prefeito Beto Richa enfrenta agora a pressão na área da limpeza pública?

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As boas – O prefeito Beto Richa anunciou reajuste salarial de 6% para os 30 mil servidores municipais de Curitiba, índice acima da inflação de 4,63%.

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As más – 41% dos brasileiros consideram o Congresso Nacional ruim ou péssimo. O percentual sobe para 51% entre os de nível superior, diz o Datafolha.