Alvaro Dias garante que nunca, jamais, o tucanato levou a sério um possível acordo com o governador Requião para as eleições de outubro.

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Do alto de seu novo posto de líder da minoria no Senado, Alvaro atribui a hipótese ao "pessoal do Centro Cívico, que pensa pequeno e esquece que as decisões são tomadas antes em Brasília, depois nos estados".

A candidatura preferencial das oposições continua a ser a do senador Osmar Dias, seu irmão, hoje exilado no PDT. Segundo Alvaro, nem é necessária uma coalizão formal do PDT com os tucanos e os pefelistas para que a candidatura de Osmar decole.

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Ele lista alguns partidos que estão disponíveis para uma aliança capaz de sustentar a candidatura do mano Osmar no primeiro turno. "O PP, o PSB, o PL e outros partidos estão soltos para aliar-se ao PDT", diz Alvaro.

A soma dessas siglas garantiria mais de cinco minutos de tempo no horário eleitoral, garante Alvaro. Na sua compreensão, o suficiente para a disputa do primeiro turno. No segundo os dois candidatos passam a ter tempos e condições idênticos.

Quanto ao apoio de tucanos e pefelistas, Alvaro também não vê dificuldade. Diz que na prática a tendência é que a maioria apóie mesmo Osmar Dias, ainda que ele seja candidato de outra composição.

Ora, pois, assim caminha a humanidade. Se tudo falhar, ainda assim tucanos e pefelistas terão candidato para encarar Requião. Neste caso, diz Alvaro, o partido terá que estudar a alternativa.

Alvaro Dias explica que pretendia disputar o governo desde o início do ano passado, quando aparecia em ótima posição nas pesquisas. Mas subordinou-se à decisão da maioria e passou a apoiar seu irmão Osmar, que teve todo esse tempo para consolidar a sua candidatura. Está pronto para disputar o Senado. Mas, como dizem os políticos em sua linguagem eufêmica, sempre é um soldado à disposição de qualquer convocação.

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No banco – O vice Orlando Pessuti ainda não assumiu sua vaga de conselheiro no Tribunal de Contas. E para lá não vai antes que esteja decidido o vice de Requião para a reeleição. Se a chapa do PMDB for puro-sangue, Pessuti repete a dose.

Conversa clara – Conversa clara faz bons amigos, ensinava Aníbal Khury. É o que Osmar Dias pretende fazer com a direção nacional do PDT que vem a Curitiba para um congresso de vereadores. Vai tentar mostrar em que situação ficam os candidatos a governador quando o partido insiste em ter candidato a presidente da República.

Projeto para governos – A conversa de Osmar Dias com Carlos Lupi & Cia será hoje. Amanhã ele fala sobre o projeto do PST para os governos estaduais durante o Congresso, que terá observadores do PPS aliado.

Em marcha, diz Samek – Na segunda, o PT nativo de alto coturno se reúne na liderança do partido na Assembléia para tratar do início da campanha eleitoral no Paraná. Tudo sob a coordenação de Jorge Samek, o coordenador-geral.

A parte dos engenheiros – A Associação dos Engenheiros do DER pede o reconhecimento do governo estadual à dedicação de seu corpo técnico no cumprimento das metas no setor rodoviário. Traduzindo em miúdos, a rapaziada quer aumento de salário e bem que merece. A reboque, não – O metalúrgico e vice-presidente do Sindicato, Nelson Silva de Souza, da Força Sindical, diz que a central não irá a reboque da candidatura de Rubens Bueno, do PPS. Nelson anda irritado com a atitude da direção do partido que não se digna a abrir diálogo com os representantes dos trabalhadores.

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Nome de pizza – Dos processos do mensalão, agora só o do paranaense José Janene corre risco. Os deputados Josias Gomes e Vadão Gomes já são nomes de pizza.

Só para contrariar – O PPS decidiu emendar o projeto de salário mínimo regional do Paraná. Propõe 7% acima da inflação de aumento anual do regional. Só para contrariar. O próprio líder do partido, Valdir Leite, diz que não há a mínima chance de aprovação.

Tratamento de luxo – O PMDB garfeou o prefeito do PPS de Loanda, o popular Alvaro Araponga. Só falta agora fazer o de Cascavel mudar de sigla. Mas este tem a mulher candidata a deputada pelo PPS e teme represália.

Acima dos sessenta – Na Boca Maldita, o empresário Joel Malucelli foi flagrado na fila dos sexagenários que esperavam para tomar vacina contra a gripe.– Eu pretendia esconder a idade, mas juro que este é o primeiro ano que entro na fila.

Farpa – "Mesmo que o partido faça aliança com o PMDB para apoiar Geraldo Alckmin, eu não subo em palanque do Requião. Prefiro fazer campanha à parte para não comprometer minha imagem", diz Alvaro Dias.

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Não ofende – Se o PT voltar a se aliar com Requião vai querer indicar o vice?

As boas – O governo se prepara para comprar a Santa Casa de Foz do Iguaçu, que fechou as portas por insolvência financeira.

As más – Os metalúrgicos estão temerosos de que o corte da Volkswagen os alcance. A empresa está fazendo um ajuste em todas as fábricas.