O PMDB nativo está à vontade. Tal qual opulenta senhora que vai ao baile desacompanhada, pronta para arrumar um par que atenda os seus anseios.
Requião está com um olho em Alckmin e outro em Lula. Mas todos sabem que neste momento ele prefere uma valsa com os tucanos.
Quem não gosta disso é o presidente Lula, que também quer se reeleger e sabe que Requião poderia lhe oferecer muito mais que a candidatura própria de Flávio Arns.
Ora, pois, tudo indica que o casamento de conveniência do PMDB e PSDB pode sair. Por mais que existam resistências a Requião entre os tucanos. E não são de somenos.
A maioria que habita o poleiro nativo, garante o ex-governador João Elísio, só aguarda a definição do quadro nacional para estabelecer a aliança. Estes já esqueceram a candidatura de Osmar Dias, do PDT, frustrada pela insistência do partido em lançar um candidato a presidente da República.
Os tucanos que detestam Requião tentam evitar a fórmula de todas as maneiras. Mas até eles já admitem a possibilidade. É o caso do deputado Gustavo Fruet, que chegou a ser lançado candidato a governador pelo pessoal que prefere qualquer solução doméstica a dividir o espaço com o PMDB.
Fruet trabalha contra a aliança com o PMDB, de onde saiu na situação de vítima e rejeitado há menos de dois anos. Mas nem ele descarta a possibilidade de ver Geraldo Alckmin no mesmo palanque do governador.
Outro que tem urticária quando ouve falar em Requião é Affonso Camargo. Articulador experiente, ele já tentou todas as manobras para impedir o acordo pretendido pelo pessoal liderado pelo presidente da Assembléia Hermas Brandão. Mas não conseguiu acabar com o plano que ainda faz do governador um pesadelo permanente.
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Conversa final O senador Osmar Dias realiza o último esforço para convencer o presidente do PDT, Carlos Lupi, a desistir de lançar candidatura presidencial. Mas sabe que será difícil. Lupi faz consulta nos estados para saber qual é o melhor candidato, Jefferson Peres ou Cristovam Buarque.
O povo na rua Quem passou pelo centro de Curitiba, ontem, percebeu que está aberta a temporada de passeatas deste ano. Três delas engarrafaram o trânsito. A dos professores, por salários. A das crianças, organizada pelo Greenpeace. E a terceira, para impressionar os ministros do Meio Ambiente do mundo, organizada pelo MST-Via Campesina-Pastoral da Terra.
Adiada O líder do governo esvaziou o plenário e frustrou a votação da proposta de emenda constitucional contra o nepotismo no estado. Os partidos aliados e alguns integrantes da oposição também não compareceram à sessão.
Calmaria Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, confirmou sua vinda a Curitiba nos próximos dias para conversar com os tucanos nativos, informa o deputado Hermas Brandão, que diz que o PSDB navega em águas tranqüilas.
Nervos O governador Requião criticou a paralisação promovida pela APP-Sindicato. "Essa provocação não terá as conseqüências esperadas. Os manifestantes não serão recebidos pela cavalaria nem pela polícia", afirmou.
Dever público O senador Osmar Dias respondeu ao governador Requião, que o acusou de fazer lobby para as cooperativas agrícolas. "Defender o cooperativismo é um dever de todo homem público que é a favor do desenvolvimento. O contrário é atraso, retrocesso", disse.
Ibama O superintendente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, sai do instituto na sexta-feira para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Jorge Pegoraro, diretor do Parque Nacional do Iguaçu, é um dos cotados para substituí-lo.
Nova esperança O presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, espera que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, faça uma gestão técnica, evitando que interesses políticos prejudiquem a economia. E, é claro, que reduza os juros e restabeleça a realidade do câmbio.
Conspiração O deputado Natálio Stica, do PT, reagiu às declarações de André Vargas, que disse que ele estaria conspirando contra o partido e a candidatura do PT no Paraná. "Querer questionar o que disse o presidente Lula é demonstração de despreparo e ciúme infantil."
Farpa "A bancada do Requião foge da lei antinepotismo como o diabo foge da cruz", do deputado André Vargas.
Não ofende Teremos quórum hoje na Assembléia?
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As boas A Copel teve em 2005 o maior lucro líquido da sua história, fechando o ano com um saldo positivo de R$ 502,4 milhões resultado 34% superior aos R$ 374,2 milhões apurados no exercício anterior
As más O mau tempo adiou, mais uma vez, a reabertura da ponte sobre a represa do Capivari Cachoeira, na BR-116, no município de Campina Grande do Sul.
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