Quem quiser aguardar a definição da candidatura do senador Osmar Dias, terá que esperar a convenção nacional do PDT, em junho.
Os tucanos desistiram de esperar. Ontem, em Brasília, teciam todas as possibilidades para a sucessão no Paraná. Já não excluíam nem mesmo a aliança com o desafeto de estimação, o governador Roberto Requião.
Imaginem o imbróglio. O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, pediu definições aos paranaenses. Diante do apelo, os tucanos nativos se reúnem na próxima segunda-feira, em Curitiba, para deliberações finais.
Terão que descer do muro e definir seu norte. Mesmo, porque, na segunda seguinte, dia 29, estarão na telinha e terão a última grande oportunidade de dizer o que pretendem no Paraná antes da campanha eleitoral.
As pendengas internas mostraram, mais uma vez, que, além de Osmar Dias, não há ninguém que possa unificar o PSDB e seus aliados para encarar Requião. Os outros nomes se revelaram pífios ou desagregadores.
Requião, é claro, gosta do jogo. E faz de tudo para complicar a vida do adversário ainda mais. Nisso, ele é esperto e experiente.
Não é sem-razão que emissários de alto coturno do PMDB circularam em altas rodas tucanas de Brasília nos últimos dias. Empresários do porte de Renato Adur e Chico Simeão aconselharam todos a formar uma grande frente que favoreceria Geraldo Alckmin. Quanto aos irmãos Dias, estariam preservados para 2010.
Como se vê, quanto mais se aproximam as eleições, mais pobres são as alternativas de tucanos e pefelistas, que um dia desses não terão mais em quem apostar e acabarão de braços dados com Rubens Bueno, do PPS, que faz de tudo para herdar a posição de grande desafiante do governador.
Assim, não dá Na noite de segunda, a direção nacional reuniu o PDT de alto coturno no Rio de Janeiro e confirmou sua vontade de lançar Cristovam Buarque a presidente da República. Isso impede Osmar Dias de se aliar ao PSDB e ao PFL para enfrentar Requião. Ou seja, reduz Osmar a alianças periféricas e a um espaço de rádio e tevê de pouco mais de um minuto.
Sem condições mínimas Dos políticos nativos que ocupam posição referencial, Osmar Dias é o menos guiado pelas emoções. É o mais cerebral, digamos, e pouco vocacionado para o desastre. "Sem condições mínimas, não posso sair candidato", repete o senador há meses.
Travo amargo Outra surpresa desagradável para Osmar Dias foi a manifestação do PDT de Londrina, representado pelo deputado Barbosa Neto, em favor de candidatura própria a presidente da República. Desceu com o travo da traição. De olho nos fundos O Ministério Público de olho nas transações entre fundos municipais de pensão e bancos privados. O Fundo de Pensão dos funcionários de Colombo depositou R$ 22.494.550,86 em banco estrangeiro no dia 30 de dezembro. O presidente do Fundo, Gílson Nunes, é também presidente do PPS de Colombo.
Tiroteio no plenário Hoje vai à votação o parecer do deputado Barbosa Neto que pedirá autorização ao STJ para que seja instaurado processo crime contra o governador Requião por calúnia e difamação no caso Edson Praczyck. O deputado Carlos Simões vai apresentar voto de indeferimento e arquivamento.
Limite da crise Em protesto contra a omissão do governo federal na crise do campo, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Abelardo Lupion, do PFL, pediu que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, deixe o ministério.
Sanção do mínimo O governador Requião levou comitiva para acompanhar a sanção do projeto de lei que cria o salário mínimo regional e elogiou o Legislativo.
Denúncias O delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, tem recebido denúncias contra fraudes em concursos públicos e desvios nas gestões dos fundos de pensão. As denúncias estão sendo encaminhadas por e-mail para o endereço drtpr@mte.gov.br.
Farpa "O governo federal está dormindo no ponto. Não entende o tamanho da crise", diz o senador Osmar Dias, do PDT, sobre o protesto dos agricultores em todo o país com crise no campo.
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As boas O Instituto Pró-Cidadania de Curitiba recebeu oito toneladas de agasalhos e alimentos para a Campanha "Doe Calor".
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