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Os tucanos e pefelistas que não toleram proximidades com Requião tiveram urticária, ontem, quando souberam dos achegos entre as duas bandas.

No restaurante Anarco do Mercado Municipal, uma cena emblemática das novas relações entre o pessoal do poleiro e a turma palaciana.

Almoçavam juntos o prefeito em exercício, Luciano Ducci, e o vice-governador Orlando Pessuti. Mais a entourage de cada qual.

Mesa grande, farta, conversa animada depois da abertura oficial da Semana do Leite que promove o agronegócio entre os curitibanos.

Quem ouviu as conversas jura que não faltou previsão de encontros nos palanques curitibanos de Alckmin e Requião.

Ora, pois, são expansivas as relações republicanas da prefeitura de Curitiba com o governo do estado. Equivalente à proximidade política cada vez maior entre tucanos e peemedebistas.

Há mais. Na terça, Luciano Ducci conversou com o secretário de Saúde Cláudio Xavier para reforçar a parceria que garante R$ 20 milhões do governo do estado para investimento em Curitiba.

As tratativas continuaram ontem. Ducci esteve com o secretário Forte Neto, do Desenvolvimento Urbano, para tratar de novos recursos do estado para a cidade. Nunca foi tão fácil e rápido.

Assim caminha a humanidade nestas emolientes latitudes. Mas há resistências. Ontem, o deputado Élio Rusch, do PFL, declarou que não acredita em acordo do PSDB com o PMDB no Paraná.

Foi mais longe. Diz que não há qualquer possibilidade do PFL paranaense somar com Requião. "É mais fácil o cavalo do Requião voar", diz ele.

A posição de Rusch é a mesma de Abelardo Lupion, que garante que o PFL ainda aguarda a solução da candidatura de Osmar Dias, do PDT. Mas tem alternativa. Posição idêntica é a de Cassio Taniguchi. Por aí vai. Como se vê, o imbróglio é complexo. Talvez não desate antes de junho.

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Falsa boataria – Requião não gostou do boato que fala na mudança de líder da bancada do governo. Garante que Dobrandino da Silva continua no posto. Também não muda o líder do PMDB, deputado Antônio Anibelli.

À espera de Caito – A bancada do PMDB aguarda a reintegração do ex-chefe da Casa Civil, Caito Quintana. "Aqui na Assembléia poderemos conversar em pé de igualdade", justifica Antônio Anibelli.

Tudo, menos Requião – O deputado Plauto Miró Guimarães diz que se o PFL nacional fechar com o PMDB na chapa liderada pelo tucano Geraldo Alckmin, os pefelistas paranaenses não somarão com Requião. "É possível, até, que a gente apóie o Rubens Bueno, do PPS", ameaça.

Frente com os Dias – Durval Amaral defende uma frente de oposição a Requião com Alvaro ou com Osmar Dias. O compromisso não vale para Gustavo Fruet.

"Quero Osmar Dias" – Os militantes do PDT lançaram o movimento "Quero Osmar governador" para sensibilizar o líder. Mas a questão não depende de Osmar, depende da direção nacional do PDT que insiste em lançar candidato próprio à Presidência, o que inviabiliza as candidaturas ao governo.Perdeu a parada – José Janene, do PP paranaense, não poderá se aposentar para fugir à cassação do mandato. O relator Antônio Biscaia, do PT do Rio de Janeiro, manteve o processo de cassação e ainda sugeriu o corte de verbas indenizatórias de gabinete, correios e xerox.

Pergunta às bases – Antes de se decidir pela candidatura à Câmara Federal no espaço deixado pelo ministro Paulo Bernardo, André Vargas vai consultar as bases. Não quer correr o risco de contrariá-las e acabar sem mandato, explicou ao prefeito de Londrina, Nedson Micheleti, que torce para que ele aceite o novo desafio.

Proselitismo demagógico – Foi derrubado em terceira votação o projeto do deputado Neivo Beraldin, por 36 votos a dois, que proibia empresas de comunicação ligadas a parlamentares de receber verbas do governo. Nereu Moura explicou o resultado: "é um proselitismo demagógico apresentar esse tipo de projeto às vésperas das eleições".

Jogo bruto – A Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Ponta Grossa ingressou com ação civil pública contra o ex-prefeito Péricles Holleben de Mello e sua ex-secretária de Educação, Esméria Saveli, por contratação de professores sem concurso público.

Farpa –"O PFL do Paraná tem história, tem tradição, tem palavra, e não se permite a um entendimento com Requião que não honraria o seu passado", diz o deputado Élio Rusch.

Não ofende – Começou a bater o desespero no baixo clero que percebeu a derrota se aproximando nas eleições de outubro?

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As boas – A Secretaria de Saúde conseguiu reduzir a mortalidade neonatal em 77% e a neonatal precoce em 63% na região de Campo Mourão.

As más –Pesquisa da Faep ouviu 1,8 mil produtores rurais e constatou que de cada dez, sete dizem que não conseguirão saldar as suas dívidas.

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