Desde ontem, o senador Osmar Dias, do PDT, deixou de ser o candidato in pectore dos tucanos e pefelistas do Paraná.
Em almoço na prefeitura, o alto comando dos tucanato nativo decidiu encontrar a melhor alternativa local para o projeto presidencial de Geraldo Alckmin.
À mesa, os deputados Hermas Brandão, Valdir Rossoni e o prefeito Beto Richa. A opinião de Euclides Scalco foi registrada.
Resumo da conversa: a disputa presidencial pega fogo enquanto a corrida estadual continua paralisada pela indefinição da candidatura de Osmar Dias. Os únicos que ganham com isso, pensam os tucanos, são Lula e Requião.
Na terça, Beto Richa acompanha o presidente do PSDB, Valdir Rossoni, a Brasília. Vão falar com o presidente do PSDB nacional, Tasso Jereissati, e devem se encontrar com Geraldo Alckmin para expor o quadro político paranaense.
As alternativas postas à mesa são duas: a primeira, defendida por Scalco, é escolher outro candidato para unificar forças numa ampla frente que envolveria, além de tucanos e pefelistas, até o PPS de Rubens Bueno.
A segunda alternativa, nem por isso a menos votada, é a coalizão com o PMDB de Requião, para repetir aqui a tríplice aliança pretendida no quadro nacional. Esta via anda tumultuada pela reação de desafetos do governador entre tucanos e pefelistas.
Mas ainda é a perspectiva principal, para desgosto da rapaziada que não tolera ter Requião entre os aliados de outubro. Estes também não descansam. Ontem, o deputado Élio Rusch, do PFL, garantiu ao distinto público que não há chances de entendimento com a turma do PMDB.
Assim caminha a humanidade. O certo é que na terça, depois das conversas de Rossoni e Beto Richa em Brasília, o quadro ficará claro. Ao menos para os tucanos da praça.
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Fechou o comitê O comitê de Osmar Dias, na Rua da Glória, fechou. Vários membros do grupo de elaboração do programa de governo foram dispensados. No dia 17 o senador faz um pronunciamento final sobre a sua candidatura.
Londrina saiu na frente O deputado Luiz Carlos Hauly conseguiu levar o candidato tucano Geraldo Alckmin para Londrina, antes que ele viesse a Curitiba. Doeu no fígado de tucanos da capital. Hauly não avisou ninguém a tempo. E ninguém de Curitiba vai a Londrina para ver Alckmin.
Soldado do partido O presidente tucano Valdir Rossoni desce em Brasília, na terça, ao lado do prefeito Beto Richa, disposto a acatar a decisão que for melhor para a candidatura Alckmin no Paraná. Nem que isso represente uma aproximação com o PMDB.
Repasto no Cangüiri Requião almoçou ontem com o seu estado-maior no front legislativo. Dobrandino Gustavo da Silva, Antônio Anibelli e Alexandre Curi. Para a sobremesa apareceu o vereador Bobbato. Conversaram sobre as próximas batalhas na Assembléia.
A portas fechadas Na Assembléia, os pefelistas Durval Amaral, Plauto Miró Guimarães e Élio Rusch conversaram com o candidato do PPS, Rubens Bueno.
Cogitado João Elísio, do PFL, para a candidatura ao Senado, numa possível chapa de coalisão em que o PSDB teria a vice para Hermas Brandão e Requião seria o candidato a reeleição pelo PMDB. Mas há Alvaro Dias no pedaço, lembrou logo um tucano da mais alta estirpe.Cresce a lista Na lista dos pefelistas que andam rondando a cerca de Requião figuram Alceni Guerra, Luís Setim. Além do vereador Mário Celso Cunha, de Curitiba.
Na outra banda Embora o deputado Eduardo Sciarra diga que Nelson Justus terá que seguir o libreto da direção estadual e se opor a Requião, o próprio Justus, ao lado de João Elísio Ferraz de Campos, continuam firmes na incrível armata.
Samek no Cangüiri Jorge Samek, diretor-geral de Itaipu, esteve ontem com o governador Requião. Pediu a ele moderação nas críticas ao presidente Lula que, afinal, ajudou a eleger Requião em 2002.
Irritação As bandas tucana e pefelista ficaram irritadas com a atitude dos prefeitos dos Campos Gerais. Dos 18, 17 declararam apoio a Requião.
Pedem a rejeição Vinte empresários estiveram ontem com o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, e pediram que a Casa rejeite o projeto de salário mínimo regional. Alegam aumento do desemprego e da informalidade.
Mulher na Procuradoria Indicada pelo governador, Ângela Cássia Costalbello é a nova procuradora-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
Farpa "O PMDB é tal qual sinaleiro de trânsito, às vezes avança, outras pára, vai para a direita, para a esquerda, e quando está no alerta não sabe o que faz", de Élio Rusch, do PFL.
Não ofende O que Lenine diria sobre uma coligação PPS-PFL?
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As boas Os voluntários que trabalharam nas conferências da ONU em Curitiba se saíram tão bem que agora são reconhecidos como voluntários da ONU.
As más Roubaram o caixa eletrônico do prédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Jardim Botânico. De madrugada, 15 homens levaram o caixa.
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