Perguntado se teme a concorrência dos secretários que saem para disputar a eleição, Alexandre Curi, do PMDB, saiu-se com esta.
Passarinho que engorda na gaiola voa baixo.
Resposta à altura de político que herdou sabedoria e não valoriza o adversário de jeito nenhum. Mas todos sabem que se a frase é boa, esconde uma situação que já provoca conflitos.
Os passarinhos de gaiola que deixam o secretariado entram na campanha sem reconhecer território ou eleitorado cativo dos deputados que se esfalfam pela reeleição. Inevitável. Vai dar briga.
Alguns secretários, caso do chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, aproveitaram a estadia no governo para ampliar sua base. Quintana, que sempre foi um político do extremo sudoeste, agora tem núcleos e prefeitos da fronteira oeste ao litoral.
Segundo o governador Requião, Quintana ficou tão obsessivo com a idéia de ampliar sua base que ultrapassou a fronteira nacional e já tem comitê em Andrezito, na Argentina, e Coronel Oviedo, no Paraguai. Ironia? Qual o quê, Quintana não dispensa os votos de brasileiros que migraram para os países vizinhos.
O ex-chefe da Casa Civil não é exemplo isolado. Entram hoje no jogo eleitoral direto 18 passarinhos engordados na gaiola, que inevitavelmente vão cruzar com adversários do mesmo partido.
Há gente de primeira viagem, casos de Jorge Demiate, Gilberto Martin e Aldair Rizzi. Mas a maioria é de políticos experimentados, como Reinhold Stephanes, Waldir Pugliesi, Luiz Eduardo Cheida, Luiz Cláudio Romanelli, Vanderlei Iensen, Marcelo Almeida, Edson Strapasson e o Padre Roque Zimmerman.
Por mais que Alexandre Curi procure diminuir a importância dessa rapaziada, tudo nos diz que ela vai entrar na briga sem respeitar territórios alheios. Passarinho que engordou na gaiola tende a se comportar como peso-pesado. E, se duvidar, bate abaixo da linha da cintura.
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Bom conselho Um assessor de Rafael Greca de Macedo deu-lhe este conselho logo depois da sua iniciativa frustrada de tentar impedir, pela via judicial, a votação da emenda contra o nepotismo. Não se explique. Seus amigos não precisam e seus inimigos não vão acreditar.
Livre e solto O ex-ministro Saraiva Felipe, do PMDB, será candidato a vice-governador do tucano Aécio Neves. Ele ligou ontem para garantir a Requião que o PMDB não lançará candidato presidencial nem fará aliança com ninguém. Fica livre para negociar com o tucanato.
Rodeio em Colorado Caíto Quintana participou do último ato como chefe da Casa Civil de um rodeio no município de Colorado, ao lado do prefeito Marco José Consalter de Mello, do PDT. Este, desafeto figadal do secretário Luiz Fernando Delazari.
Patrulha do PT O presidente estadual, André Vargas, exige da reitora Lígia Pupatto que deixe o PT se quiser assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia no governo de Requião. Alega que isso evitará constrangimentos para todos, inclusive para Lígia, que é militante há mais tempo que Vargas.
Punição aos traidores Requião encontrou ontem o presidente do PMDB, Dobrandino Gustavo da Silva, em Foz do Iguaçu. Aproveitou para dizer o que pensa da bancada estadual depois da desastrada votação na Assembléia que pôs fim ao nepotismo. E deixou claro que não vai perdoar algumas traições.
Muito experiente Mauro Moraes, depois de contrariar a orientação da bancada do PMDB e votar a favor da emenda que põe fim ao nepotismo, declarou: Não sou cínico. Só experiente.
No Pantanal A alta direção do PPS paranaense está no Pantanal. Rubico Camargo tirou 15 dias de férias para pescar dourados e surubins antes de entrar de cabeça na campanha do líder Rubens Bueno.
Reforma geral A bancada do PT na Câmara de Curitiba quer mudar radicalmente a lei orgânica do município. Pretende, entre outras, diminuir o recesso parlamentar e acabar com o voto secreto. O líder do movimento é o vereador André Passos.
Restauração O Mercado Municipal de Antonina sofreu um atentado nos anos sessenta do século passado, quando uma reforma destruiu a antiga construção e seus azulejos portugueses. Agora, o deputado Nelson Justus pretende nova reforma que poderá ser restauradora.
Novo salário A partir de hoje passa a valer o novo salário mínimo do país, de R$ 350,00. Já o salário mínimo regional, de R$ 437,00 proposto pelo governador Requião, ainda espera aprovação na Assembléia Legislativa.
Farpa "Não sou político. Há idiotas demais metidos nisso", de um empresário curitibano citando Elton John.
Não ofende A Secretaria de Educação continua a apoiar Mauro Moraes mesmo depois da votação do nepotismo?
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As boas A ponte da represa de Capivari-Cachoeira na principal ligação rodoviária entre Curitiba e São Paulo foi reaberta depois de ano e dois meses fechada.
As más Paraná é nono no ranking de exploração sexual no país, mas tem dois pólos de exploração sexual infantil que estão no topo: Foz do Iguaçu e Paranaguá.
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