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O alto clero do tucanato nativo, acompanhado dos intelectuais do partido, passou a sexta-feira imerso em reflexões.

A turma, escolhida a dedo, foi orientada pelo professor Antônio Márcio Buai Naim, homem da convivência diária de Geraldo Alckmin e um dos responsáveis pela elaboração do plano de governo.

Foi no Full Jazz Hotel. Lá estavam dirigentes do porte de Valdir Rossoni, presidente estadual, e intelectuais como Ramiro Warahfatig, Fernando Ghignone e Davi Campos. Mais uma penca graúda de técnicos em todas as áreas da administração.

Estudaram o esboço do programa de governo e das formas de torná-lo conhecido. No final do dia já tratavam o professor Naim Buai pelo apelido Tuca, o mesmo pelo qual ele é chamado pelo presidenciável Alckmin.

Findos os esforços de reflexão, os tucanos da praça se voltaram para os dramas vividos no poleiro da província. Todos, sem exceção, estão convencidos de que a indefinição já cobrou um preço muito alto ao tucanato paranaense e seus aliados.

De fato, a circunavegação que devolve o tucanato nativo, mais de ano e meio depois, ao ponto de partida, tem um certo sabor patético. Mas o que de fato importa é saber se a proposta da candidatura própria de Gustavo Fruet tem chances de êxito.

As dúvidas se apinham. Os marqueteiros e cientistas políticos acreditam que tudo seria mais fácil se Osmar Dias entrasse em campo. São tão otimistas quanto a esta hipótese que chegam a falar em vitória no primeiro turno.

Para Gustavo Fruet, os mesmos marqueteiros acreditam que será necessária uma estratégia que leve o pleito para o segundo turno. Então, Fruet poderá reunir todas as oposições para o esforço de deposição.

Essa disposição poderá ficar nítida, hoje, no programa do partido na tevê. Ou teremos apenas mais um sinal da indefinição do pessoal do poleiro?

Veto ao veto – Na reunião dos tucanos em Brasília houve quem quisesse um veto definitivo a aliança com o governador Requião no Paraná. Quem impediu o gesto hostil foi o prefeito Beto Richa, que argumentou que não poderia participar de um veto ao governador com quem tem excelentes relações republicanas.

Luzes, Câmera, Ação – Hoje vai ao ar o programa tucano na tevê. Destaques para Beto Richa, Gustavo Fruet, Valdir Rossoni e Hermas Brandão, além de Geraldo Alckmin. Dizem os marqueteiros que o programa apresentará o trabalho do partido e marcará de vez a postura oposicionista.

Nada oficial – O senador Alvaro Dias diz que candidatura de Gustavo Fruet não está definida oficialmente no PSDB para substituir a de Osmar Dias, caso este desista. Contraria a versão do presidente Valdir Rossoni. Estratégias – O PSDB discute a indicação de vice. Valdir Rossoni, adianta que se for Osmar Dias o candidato ao governo, o vice será de Curitiba, possivelmente Gustavo Fruet. Se Gustavo Fruet for candidato a governador, o vice será alguém vinculado às questões agrícolas.

UEG Araucária – O governador Requião assina amanhã com diretores da Copel e da El Paso Energy Araucária, o acordo definitivo para a compra pela Copel da totalidade das ações da El Paso na empresa UEG Araucária.

Troco do PPS – Extremamente irritada, a direção estadual do PPS acusa o PMDB do governador Requião de ser o responsável pelas recentes pichações em "outdoors", onde o partido defende o fim do nepotismo no Paraná.

Presente de Grego I – O Departamento Penitenciário Nacional avisou a Secretaria de Segurança do Paraná que mandará Fernandinho Beira Mar e Marcos Camacho, o Marcola, para o presídio de Catanduvas, que será inaugurado dia 23.

Presente de Grego II – Além de Beira-Mar e Marcola, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência prometem outros. Os líderes do Comando Vermelho e do PCC estão na lista. Atenção devedores – O vereador Paulo Frote, do PSDB tem um projeto tramitando na Câmara de Curitiba para agradar os proprietários de imóveis com indicação fiscal bloqueada. Frote propõe desconto no IPTU de 50%.

Isenção para motos - O deputado Mauro Moraes, do PMDB, apresentou projeto de lei determinando que os proprietários de motocicletas sejam isentos do pagamento de pedágio. Moraes justifica sua iniciativa com o argumento de que o pedágio destina-se a recolher recursos para a conservação das rodovias e que moto não causa nenhum estrago.

Farpa – "Não há mal que nunca acabe", diz Durval Amaral, otimista com a possibilidade de vitória das oposições em outubro.

Não ofende – Por que há tucanos com medo da indicação de Cida Borgheti, do PP, a vice de Gustavo Fruet?

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