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Luciano Ducci, prefeito em exercício de Curitiba, disse ontem o que outros tucanos da praça têm medo de admitir: para eleger Geraldo Alckmin, tudo o mais é negociável.

Nessa linha, as pretensões e picuinhas paroquiais não vão interferir na política de alianças que se orienta pelo objetivo maior, que é conquistar a Presidência da República.

De sorte que está aberta a possibilidade de entendimento entre o PSDB nativo e o PMDB de Requião, mesmo que isso provoque acidez estomacal, urticária ou psoríase nos tucanos que detestam a idéia de aliar-se ao governador.

"Está em jogo o futuro do país e não é hora de pensar em projeto menor ou em problemas de ordem pessoal", diz Ducci, que não esconde o entusiasmo quando fala das possibilidades da candidatura de Alckmin.

A direção nacional dos tucanos e o próprio Alckmin pensam como Luciano Ducci. Por isso convocaram o prefeito Beto Richa a São Paulo, que por lá passou antes de embarcar para a Itália.

Sabem os tucanos do poleiro mais alto da República que no Paraná é Beto Richa quem pode estabelecer a tendência eleitoral do partido. Vitorioso no maior colégio eleitoral do estado contra o candidato do PT, é o tucano em ascensão.

Os demais são coadjuvantes ou meros figurantes do grande jogo. Daí a preocupação de Alckmin em ouvir Richa para definir a estratégia regional e até mesmo para pautar a visita do candidato presidencial ao estado.

Há muito tucano de asa caída, inconformado com o rumo que a política tomou no Paraná. Mas fica claro que os desafetos de Requião terão de engolir a fórmula que privilegia a questão nacional. "Política não se faz com o fígado", costuma dizer o próprio Beto Richa.

O PSDB nativo, desde que a candidatura de Osmar Dias passou a claudicar no PDT, ainda não encontrou candidato próprio capaz de oferecer a Alckmin um palanque melhor que o dos pretendentes a aliança no Paraná.

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Na fila do Sine – Dentro de 180 dias (a partir da publicação), cinco mil parentes de autoridades que ocupam cargos em comissão terão que procurar outro emprego, segundo o cálculo da Comissão Especial da Assembléia que avaliou a lei contra o nepotismo aprovada ontem em primeira votação. Fim da novela – Ontem, 40 deputados estaduais votaram a favor da emenda coletiva que proíbe a contratação de parentes até segundo grau em cargos de confiança no Paraná. Quatro deputados do PMDB, José Maria Ferreira, o relator, Mauro Moraes, César Seleme e Elza Correia, votaram a favor da emenda.

Em todos os poderes – A emenda atinge todos os poderes em âmbito estadual e municipal. No executivo ficam proibidos de contratar parentes o governador, o vice-governador, secretários de Estado, presidentes de órgãos e empresas, além dos 399 prefeitos e vice-prefeitos no Paraná.

Legislativo e Judiciário – No âmbito do legislativo, deputados estaduais, vereadores, conselheiros, auditores e procuradores do Tribunal de Contas do estado também terão de dispensar a parentela. No Judiciário estadual, desembargadores e juizes. No Ministério Público, procuradores e promotores.

Tiro n’água – O deputado Rafael Greca de Macedo, tendo como advogado o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, tentou suspender a votação com medida judicial. Não deu certo. A votação, como previra o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, aconteceu normalmente.

Negado o pedido – O desembargador do TJ, Antônio Lopes de Noronha, ex-secretário de Alvaro Dias, no final da tarde, negou o pedido de Greca de Macedo e Botto de Lacerda e confirmou a votação na Assembléia.

Gleisi e Lula – A diretora financeira de Itaipu, Gleisi Hoffman, exonerou-se ontem para concorrer ao Senado pelo PT. Esteve em audiência com o presidente Lula, que não economizou elogios sobre sua atuação.

Aliança heterodoxa – O ministro Roberto Rodrigues garantiu ontem apoio ao novo presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Abelardo Lupion, do PFL.

No ar, fora do pleito – O ex-deputado Luís Carlos Alborghetti não vai disputar as eleições. Decidiu-se pela carreira no rádio e na tevê. Hoje, está em São Paulo, no programa Pânico, da Jovem Pan, das 12 às 14 h. À noite participa do programa Super Pop de Luciana Gimenez, onde fala sobre Violência no Brasil.

Lígia no lugar de Rizzi – A reitora Lígia Puppato foi convidada pelo governador Requião e aceitou o lugar do secretário Aldair Rizzi, de Ciência e Tecnologia. A posse será na segunda, às cinco da tarde.

Farpa – "Tenho pena dos peemedebistas que votaram pelo fim do nepotismo, nunca mais terão ambulâncias", cutucou André Vargas, do PT.

Não ofende – A oposição repete a dose na segunda votação?

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As boas – Curitiba terá nova usina de asfalto, o que tornará a prefeitura auto-suficiente e capaz de produzir em média cem toneladas por hora.

As más – A Agência Nacional da Saúde diz que 174 operadoras de planos de saúde terão o registro cassado. Só no Paraná, são 15 as irregulares.

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