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Petistas eufóricos, tucanos deprimidos, peemedebistas em seu imbróglio natural. O povo, bem, o povo não quer saber de política.

É o que dizem as pesquisas de opinião. A absoluta maioria dos nativos ainda não se tocou de que estamos em pleno ano eleitoral.

Vive a ressaca cívica da temporada de escândalos. Política passou a ser sinônimo de mensalão, dinheiro na cueca, desvios, corrupção.

O cidadão normal, comum, está enfarado de tudo isso. Prefere tratar de outros assuntos, menos desagradáveis para os sentidos.

Nas rodas de conversas prevalece o futebol, este sim, a preferência nacional. Mesmo diante do pífio espetáculo oferecido pelos campeonatos regionais. Especialmente o nosso, paranaense, que leva, no máximo, cinco mil fanáticos para ver jogos do Atlético.

Assim caminha a humanidade, não é mesmo? Os presidenciáveis do PMDB circulam no Paraná e o povo não está nem aí para eles. Anthony Garotinho e Germano Rigotto conseguem, no máximo, mobilizar a turma do partido.

Não são exceções. O candidato tucano não é conhecido pelos paranaenses. Aqui, na terrinha, Geraldo Alckmin só desperta emoções no poleiro tucano e em alguns empresários que agora vivem o dilema da imprevisibilidade.

Depois das pesquisas, essa gente não sabe em quem apostar. Lula ressurgiu das cinzas e, hoje, ganharia no primeiro turno. Mas terá que passar pelo fogo cruzado na campanha eleitoral.

Quanto à disputa do poder no Paraná, tudo continua na mesma. Requião é candidato à reeleição e a oposição não sabe ainda como irá enfrentá-lo. Em bloco? Dividida? Com Osmar Dias? Com Alvaro? Tudo é dúvida no arraial dos desafetos do governador. Esse mar de dúvidas só favorece o próprio governador, que continua em campanha.

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Decisivo – O Paraná é peça-chave nas prévias nacionais do PMDB, o que explica o trânsito constante de Anthony Garotinho e Germano Rigotto por aqui.

Colégio maior – Ao lado de SP, MG, RJ e RS, o Paraná contribui com 54% de todos os votos. Tem 1.953 votantes e 2.123 votos. Alguns dos inscritos têm direito a votar mais de uma vez. Contra todos – A proposta constitucional que proíbe a prática do nepotismo no Paraná vai estender a restrição de contratação para companheiros ou companheiras nas uniões estáveis. A medida valerá também para diretores da administração direta e indireta. Na estrada – Enquanto a oposição não se define, o governador Requião e o vice-governador Orlando Pessuti viajam hoje para Marechal Cândido Rondon, onde participam de série de eventos sobre o desenvolvimento agrícola da região. Falência da CPI – Para o deputado tucano Gustavo Fruet, a decisão de Duda Mendonça de ficar calado na CPI dos Correios é um alerta para a falência do sistema de depoimentos das CPIs. Às claras – O diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, encaminhou requerimentos ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República para que seja investigada sua conduta à frente da estatal. Samek também se colocou à disposição para esclarecer dúvidas no Congresso Nacional. Novo líder – O vereador Tito Zeglin, do PDT, foi eleito presidente do Conselho de Ética da Câmara, após afastamento de Roberto Hinça que sairá candidato às eleições de outubro. Indignação – O deputado André Vargas está indignado com a volta do presidente da Câmara Municipal de Reserva, vereador Flávio Hornung, ao cargo. Hornung é assassino confesso do presidente do PCdoB na cidade, Nelson Vosniak. Crise na fronteira – O deputado federal Dilto Vitorassi cobra do Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores e Secretaria Especial de Direitos Humanos solução para o impasse na fronteira entre o Brasil e Paraguai. Reivindica comissão para ajudar os prefeitos de Foz, Paulo Mac Donald, e de Ciudad del Este, Javier Zacarías Irún. Tapa-buraco – A Justiça Federal determinou que o Estado realize obras emergenciais na BR-476, trecho Lapa/União da Vitória, no prazo de 60 dias. A responsabilidade da estrada era questionada pelo Paraná, que a atribuía ao governo federal. Surpresa – O deputado Alexandre Curi, do PMDB, tomou tremendo susto quando leu na imprensa que havia declarado apoio ao ex-governador do Rio de Janeiro. O problema é que o deputado sofre de urticária só de ouvir falar no nome do Garotinho. Farpa – "O governo diz que apura denúncias, mas impede depoimento do caseiro que viu Palocci", diz o presidente da OAB, Roberto Busato, sobre o impedimento da fala de Francenildo Costa na CPI dos Bingos.

Não ofende – O deputado–delegado Bradock foi perdoado ou continua na corda bamba?

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As boas – Pela primeira vez, a utilização da linguagem de sinais para deficientes auditivos será obrigatória na propaganda eleitoral gratuita exibida na televisão.

As más – A União Européia decidiu suspender a importação de mel produzido no Brasil sob a alegação de que o produto não tem controle de qualidade.

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