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O PFL nativo está à beira de um ataque de nervos. Se acatar a decisão da direção nacional, terá que se abraçar com o PMDB.

Imaginem o desconforto da rapaziada que vive em guerra aberta com Requião. Vai ter que arrumar uma explicação muito boa para os seus eleitores.

Acontece que o PFL nacional não está nem aí para os dramas paroquiais. Seu projeto principal é voltar ao poder central nas asas de uma aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin.

Examinadas as mais recentes pesquisas de opinião, o PFL descobriu que o presidente Lula resiste na faixa dos 40% de aprovação. Nem a derrocada do ministro Antônio Palocci conseguiu abalar o prestígio do presidente.

Diante do quadro, Jorge Bornhausen explicou a Alceni Guerra que é vital puxar o PMDB para a frente que apóia Alckmin. Ele próprio abriu mão da candidatura ao Senado para acomodar as divergências em Santa Catarina. Pede aos pefelistas daqui o mesmo gesto de doação para que seja formada a tríplice aliança contra Lula.

Qual o quê. Tem pefelista que jura que não entra no barco de Requião nem com reza braba. Hoje. Amanhã, quem sabe? O próprio Alceni acredita que logo todos compreenderão a necessidade da frente amplíssima.

Requião faz a sua parte. Ontem, pela primeira vez, fez elogios a Geraldo Alckmin. Em petit comitê. Apenas para os mais íntimos. Mas não deixa de representar um grande avanço se considerarmos que há menos de um mês ele dizia cobras e lagartos sobre o tucano.

Mas tudo passa, diz um pefelista habituado a mudanças bruscas. Até porque a declaração de Osmar Dias, a grande esperança de candidatura própria, foi tomada como recado de desistência.

Assim, no mato sem cachorro, o PFL só teria mesmo que subir no palanque de Requião. E, se é inevitável, "relaxem e aproveitem", aconselha o deputado requianista Nelson Justus.

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Adeus às ilusões – Durval Amaral diz que Requião quer ganhar as eleições escolhendo os adversários. "E nós do PFL que sonhávamos com uma frente de oposição ao Requião começamos a nos desiludir. Ficamos sem rumo e sem liderança forte. As deserções começam a aparecer."

In pectore – O governador Requião elegeu três escudeiros de máxima confiança na Assembléia Legislativa: Dobrandino Gustavo da Silva, Antônio Anibelli e Alexandre Curi.

Novos nomeados – No Ipem, Marcos Berberi assume a presidência. Na diretoria administrativa e financeira, Fabiano Braga Cortes. Ressalva: Fabianinho permanece na coordenação da rede de governo.

Ai, que raiva – Mohamed Mamede, ex-prefeito de Cambará, almoçou com o governador Requião para anunciar sua candidatura a deputado estadual. Tem gente do PMDB mordendo os dedos de raiva.

Deserção – O prefeito de Francisco Beltrão, Vilmar Cordasso, hoje no PDT, vai mudar de barco. Passa para o PMDB e apóia a candidatura do deputado Caíto Quintana, que ainda não deu o ar de sua graça na Assembléia, como notou o líder Antônio Anibelli.

Canais abertos – Requião conversa assiduamente com João Elísio, presidente da Fenaseg. Também fala com Alceni Guerra e, diariamente, com o deputado Nelson Justus. Os três são do PFL.

De novo na praça – Anthony Garotinho ligou ontem para o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva. Pede ajuda para sustentar sua candidatura depois da verticalização e das conversas entre Michel Temer e o tucano Geraldo Alckmin.

Não desiste – O governo voltará ao STF para defender o direito do Porto de Paranaguá de exportar apenas soja convencional. Resposta à decisão da 3.ª TRF da 4.ª Região, em Porto Alegre, que revigorou liminar liberando a exportação de transgênicos. Fim ao voto secreto – O deputado Nelson Justus, do PFL, apresentou projeto para acabar com o voto secreto na Assembléia Legislativa. Justus diz que já tem 30 assinaturas para aprovar a matéria. "Neste momento de escândalos é importante que a classe política mostre a cara", afirma. Luta -livre no poleiro – Socos e pontapés na reunião do PSDB, na noite de segunda. Os tucanos Paulinho Paiakan, da FAS, e Edson Feltrin, da Femotiba, se estranharam. Em reunião para tratar da vinda de Geraldo Alckmin, Paiakan acusou Feltrin de fazer campanha em prol da Femotiba. Foi o suficiente. Fechou o tempo.

Em Praga – O prefeito Beto Richa vai a Praga no fim de semana, a convite do ministro da República Tcheca Libor Ambrozez. Volta a Curitiba na segunda-feira.

Farpa – "Assim, o Osmar Dias deixa toda a oposição com a brocha na mão", lamenta o deputado Durval Amaral.

Não ofende – O PFL está satisfeito com a prefeitura e o governo de São Paulo?

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As boas – A produção industrial brasileira cresceu 1,2% entre janeiro e fevereiro. O acumulado nos últimos doze meses avançou 3,0% e interrompe a queda desde março de 2005. Diz o IBGE. As más – Tentativas de fraudes pela internet cresceram 600% em 2005 em comparação com o ano anterior. Foram 27.292 casos reportados ao Comitê da Internet no Brasil, contra 4.015 em 2004.

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