Os vereadores de Curitiba começam a discutir só agora as contas do primeiro ano de Beto Richa (PSDB, foto) como prefeito de Curitiba, em 2005, aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR). O material será discutido em plenário pela Câmara de Vereadores na próxima quarta-feira (22). Vale lembrar que parte das contas da gestão Cassio Taniguchi, antecessor de Richa, só foram aprovadas neste ano pelo legislativo municipal. Para tentar agilizar o processo, os vereadores estabeleceram o prazo máximo de 150 dias (120 mais 30 de prorrogação) para que a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Casa analise o material.
Aliás
A celeridade na avaliação das contas da prefeitura não depende apenas da Câmara. Para que o processo de análise seja iniciado, é necessário que a análise do TC-PR transite em julgado, o que pode demorar. As contas da prefeitura de Curitiba de 2009, por exemplo, ainda estão em tramitação no tribunal.
Dor nas costas
Mario Góes, apontado como um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro na Diretoria de Serviços da Petrobras, deixou sábado (18) a cela do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, para passar por um exame de ressonância magnética no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Acompanhado por dois policiais federais, Góes fez a ressonância na coluna cervical. Por mais de uma vez, o empresário se queixou aos companheiros de cela e aos agentes penitenciários de incômodo e dores na coluna.
Agenda
Quarta-feira: A Assembleia retoma a votação de dois itens do chamado “pacotaço” de austeridade do governo Richa. Um deles cria o Cadin, um cadastro de devedores do estado. Outro, cria o PPI e o PPD, programas de parcelamento de débitos tributários – um deles de ICMS, outro de IPVA.
Quarta-feira: A Câmara Federal retoma a discussão do PL 4330, a chamada lei das terceirizações. O projeto seria votado em segundo turno na semana passada, mas o debate foi interrompido pela falta de consenso entre deputados.
Justus e o regimento 1
A avaliação dos deputados estaduais é de que Nelson Justus (DEM) tem pouco a perder caso as sessões da Comissão de Ética da Assembleia passem a ser abertas, como querem vários dos deputados envolvidos em seu julgamento. Os parlamentares aparentemente acreditam que a versão de que “não há fatos novos” que permitam uma condenação do ex-presidente da Assembleia é forte o suficiente para que eles possam defendê-la em público sem riscos maiores.
Justus e o regimento 2
Tudo tem a ver com o regimento da Assembleia, que só permite condenações por quebra de decoro caso haja fatos novos – isso, claro, quando já houve um primeiro julgamento, como ocorreu com Justus em 2010. Um dos deputados diz que inclusive as sessões abertas podem ser benéficas para Justus. “Os deputados envolvidos vão poder ser criticados pela absolvição. Mas não vão receber a segunda crítica, que viria com o sigilo do processo, com a exclusão da imprensa”.
Quando se proíbe [as drogas], floresce o mercado negro e a bandidagem. Vi isso em favelas do Rio, o tráfico cresce porque tem dinheiro, arma e mulher.
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