O irmão do ex-deputado André Vargas usou uma rede social, nesta sexta-feira (17), para desabafar sobre sua prisão por envolvimento nas denúncias investigadas pela Operação Lava Jato. Leon Vargas foi detido na sexta-feira passada (10), juntamente com André, e liberado na terça-feira (14), quando o prazo de sua prisão temporária expirou. Ele postou uma mensagem no Facebook, intitulada “agradecer e me desculpar”. “Agradecer a todos pelo carinho e preocupação. Me desculpar por causar tanta preocupação. E mesmo não merecendo, recebi muito carinho e sei que isso fez a diferença. Estou bem graças a todos os amigos e familiares”, diz o post.
Entenda o caso
Sou o único deputado de oposição na CCJ. O governo comanda todas as comissões desta Casa. A oposição não quer trancar o projeto, mas ter liberdade de analisar e votar como entender.
Conforme a denúncia, Leon era sócio de André Vargas em empresas de fachada, que eram subcontratadas por agências de publicidade que mantinham contratos com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. Segundo a Polícia Federal, como não havia prestação de serviços, as subcontratações serviam apenas para lavagem de dinheiro. Apesar de ter sido solto, o juiz Sergio Moro (foto) determinou que Leon está proibido de mudar de endereço ou deixar o país sem autorização da Justiça e deve comparecer a todos os atos do processo. Moro também proibiu que ele mantenha contato com outros suspeitos e empresas investigadas na operação, como a Labogen e a Borghier Lowe.
Maratona OAS
Um time de advogados esteve nesta sexta-feira (17) na sede do Complexo Médico Penal, em Pinhais, para conversar com os quatro executivos da empreiteira OAS que estão presos por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Nada menos que sete defensores passaram horas com os empreiteiros no parlatório – espaço reservado para o encontro dos presos com os advogados. Como o processo envolvendo os diretores da OAS é extenso, os defensores passaram horas na sede do Complexo Médico Penal. O time de advogados chegou ainda pela manhã, por volta das 10h, e saiu só no período da tarde. Os defensores nem sequer deixaram a unidade prisional para almoçar.
Saidinha
Nesta sexta (17), os empresários Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empreiteira Mendes Júnior, e Fernando Antônio Soares, o Fernando Baiano, acusado de ser o operador do PMDB no escândalo da Petrobras, deixaram a carceragem do Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde estão detidos pela participação no caso dos desvios da estatal. Os dois saíram pela manhã escoltados pela Polícia Federal. Mendes e Fernando Baiano foram levados para a carceragem da PF onde aguardaram as audiências na Justiça Federal com o juiz Sergio Moro.
Recado
Líder da bancada do Paraná em Brasília, o deputado federal João Arruda (PMDB), sobrinho do senador Roberto Requião (PMDB), usou o Twitter para mandar recados para o staff do governador Beto Richa (PSDB). “Tá [sic] na hora de alguns representantes do governo do PR descerem do palanque se quiserem parcerias sérias e um debate de alto nível com o governo federal”, escreveu o parlamentar, sem citar nomes. “Tenho me colocado à disposição do governo do PR e a parceria tem sido boa, mas demagogia e agressões vazias não nos ajudam em nada”, completou.
Colaboraram: Carlos Eduardo Vicelli, Euclides Lucas Garcia, Katna Baran e Rogerio Waldrigues Galindo.