| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB, foto) afirmou à Folha de S.Paulo, em entrevista publicada nesta sexta-feira (27), que não cometeu “estelionato eleitoral”. Ele acusava a presidente Dilma Rousseff (PT) de enganar os eleitores ao dizer que não mexeria em direitos trabalhistas. “No caso da presidente, é diferente. Ela disse que não ia mexer em conquistas de servidores. E mexeu. Ela disse: ‘Nem que a vaca tussa’.” Lembrado de que é acusado da mesma coisa, Richa se saiu assim: “Mas ninguém me perguntou se eu ia mexer na previdência. Não falei que não ia mexer. Ao contrário. Chegou um momento que, com a queda de receitas e a economia se deteriorando, não dá mais para sustentar dessa forma”.

CARREGANDO :)

O governador usa uma obra de 100 milhões para justificar um rombo de bilhões. Onde estão as obras do atual governo?

João Arruda, deputado federal (PMDB-PR), falando da duplicação da PR-445 na região de Londrina, obra usada pelo governador Beto Richa (PSDB) como ato de “coragem” e investimento do governo em entrevista à Folha de S. Paulo.

Pedindo apoio

Richa deu mais um passo na sexta (27) na tentativa de sair da defensiva. Gravou um vídeo e publicou em sua conta no Facebook mostrando seu ponto de vista sobre o pacote de ajuste fiscal. No vídeo, ele afirma que a austeridade é o melhor modo de sair de uma crise e diz que o governo está “apertando os cintos”. Mas diz que, para que as coisas melhorem, precisa da compreensão de todos. Richa tem 242 mil seguidores no Facebook.

Publicidade
questionamento

Richa pode não se lembrar, mas sua campanha foi, sim, questionada pela Gazeta do Povo sobre o que faria com a previdência do funcionalismo. E a resposta não falava em nenhum momento em reformas bruscas. Pelo contrário: garantia-se que nem seria necessário cobrar os inativos, coisa que já foi feita assim que a eleição acabou. “Estamos acompanhando permanentemente. Organizamos a Paranaprevidência e vamos manter essa organização para o futuro”, disse Richa, em reportagem publicada em julho de 2014.

Ouvidoria na Alep

Os deputados estaduais começam a discutir nesta segunda-feira (2) o projeto de criação de uma Ouvidoria para a Assembleia Legislativa. Entre as atribuições do órgão estão receber, examinar e propor à diretoria geral da Casa o encaminhamento de informações, sugestões, críticas, elogios e representações de pessoas físicas e jurídicas a respeito do funcionamento dos serviços legislativos ou administrativos da Assembleia Legislativa.

Cutucada

Durante a prestação de contas da prefeitura de Curitiba nesta sexta-feira (27) na Câmara Municipal, a secretária de Finanças, Eleonora Fruet, não perdeu a oportunidade de dar uma “cutucada” no governo do estado. Ela explicava aos vereadores que, apesar de o caixa da prefeitura estar em baixa, o Instituto de Previdência do Município de Curitiba (IPMC) tinha mais de R$ 1 bilhão em disponibilidade de recursos. A secretária comentou, em tom de brincadeira, que “até dava uma coceirinha”, mas que, ao contrário de outros gestores, não tocaria neste recurso.

C olaboraram: Bruna Maestri Walter, Carlos Eduardo Vicelli, Chico Marés e Rogerio Waldrigues Galindo.