Um grupo de estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aparece em um vídeo dando “livradas” em um boneco que, segundo eles, representa o comunismo. O livro usado como arma é “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”, do filósofo Olavo de Carvalho. “Seu comunista filho da p*, comunista de m*”, diz um dos integrantes do Grupo de Estudos Liberalismo e Democracia enquanto acerta o boneco, chamado de “Motocicleison”. A cena ocorreu no último dia 25, em uma festa de aniversário, fora da UFPR. Próximo ao boneco, uma folha de papel diz “Espaço Herzog”, em referência a Vladimir Herzog, jornalista morto pela ditadura militar.
Não gosto
[Fachin] fica um pouco na condição de último indicado pelo governo.
A coluna conversou com uma das pessoas que aparecem no vídeo, que pediu para não ser identificada para não sofrer represálias. “O boneco representa o comunismo, que é algo que a gente não gosta. Foi apenas uma brincadeira, agora estão fazendo uso indevido de imagem”, disse. O vídeo tem sido compartilhado pelo aplicativo Whatsapp por alunos da universidade, gerando bastante polêmica e críticas.
Sindicalista?
Vestido para parecer um comunista, o boneco usa uma camiseta da campanha deste ano do sindicato dos servidores públicos de Curitiba, o Sismuc, com os dizeres “Eu tô na luta”. Como o vídeo foi feito no dia 25, a cena não tem relação direta com os protestos de professores que iniciaram a partir do dia 29 (quando houve a “batalha” do Centro Cívico). A universidade foi procurada nesta quarta-feira (6), mas não se pronunciou oficialmente sobre o assunto até o momento. O Sismuc repudiou o “espancamento simbólico” do boneco.
Abre mão
O deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) não perdeu a oportunidade de provocar o senador Roberto Requião, seu adversário político, durante a participação de ambos na audiência pública desta quarta-feira (6) na Comissão de Direitos Humanos do Senado – o órgão queria explicações do governo do Paraná sobre a “batalha” do Centro Cívico, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas. “Vou pedir ao Requião para abrir mão de sua aposentadoria de ex-governador, pois ganha muito bem como senador”, escreveu no Twitter o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. Ambos sentaram lado a lado na sessão (Rossoni está em segundo plano na foto).
Outra baixa
Importante defensor do governador Beto Richa (PSDB), o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) não está garantido como líder do governo na Assembleia Legislativa. Nos corredores da Casa, questiona-se se ele vai continuar no posto depois do desgaste político gerado pela aprovação do projeto de reforma na Paranaprevidência. “É a pergunta que não quer calar”, disse um parlamentar. A decisão de Romanelli estaria sendo influenciada também pela resolução da executiva estadual do PMDB, que proibiu partidários de ocuparem cargos no governo tucano. Correm na Assembleia, inclusive, boatos de que parlamentares da situação já estariam se movimentando para disputar o posto. Romanelli, que foi líder do governo de Roberto Requião (PMDB), assumiu a função na gestão Richa no começo deste ano.
Dia de visitas
O ex-deputado federal André Vargas, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o mês passado, recebeu a visita de seus dois filhos e de seu pai nesta quarta-feira (6). A defesa de Vargas protocolou uma petição para que a visita fosse feita em uma sala especial que permitisse contato físico do ex-deputado com seus parentes. O motivo seria que “o filho caçula [de quatro anos] estaria somatizando a ausência do pai e que por isso seria importante o contato físico entre ele e o acusado”. O pedido foi deferido pelo juiz federal Sergio Moro.
Colaboraram: Amanda Audi, Carlos Eduardo Vicelli, Katna Baran, Kelli kadanus e Taiana Bubniak.
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