O discurso do ódio é incorporado imediatamente pela população e nós, parlamentares, não podemos nos deixar levar.
Aliás...
Horas depois, em reunião reservada a deputados da base aliada no salão nobre da Assembleia, Romanelli foi mais incisivo. Questionado sobre a manobra fiscal em tramitação na Casa, que vai permitir a Richa mexer no já finalizado orçamento de 2014 para não ter as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas, ele defendeu a aprovação da proposta para não dar munição aos inimigos políticos do governador. E enquadrou nominalmente a Gazeta nessa categoria. O peemedebista nega, apesar de vários deputados presentes ao encontro confirmarem a afirmação.
No melhor estilo “a culpa é minha e eu ponho em quem eu quiser”, o governo do estado já identificou o culpado pelo mau momento enfrentado pela gestão Beto Richa (PSDB): a imprensa. Sem conseguir dar respostas convincentes às crises institucional, política e financeira que se abateram sobre o Palácio Iguaçu no atual mandato, o caminho encontrado pelo tucanato local foi adotar o mesmo discurso do PT nacional para os problemas enfrentados pela presidente Dilma Rousseff e jogar a culpa nos veículos de comunicação. Em discurso da tribuna na segunda-feira (6), o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB, à esq. na foto), mencionou a “linha editorial crítica” ao Executivo praticada especificamente pela Gazeta do Povo e pela RPC.
Maioridade e bancada do PR
Pesquisa realizada pela Gazeta com 25 dos 30 deputados federais paranaenses eleitos em outubro passado mostra que pelo menos 17 são favoráveis a mudanças na definição da maioridade penal, conta o blog Caixa Zero, do jornalista Rogerio Waldrigues Galindo. Apenas sete ouvidos dizem que a lei deve permanecer como está. Houve uma “abstenção”. Porém, dos 17 que acham que a regra deveria mudar, apenas três disseram ser favoráveis a uma legislação que punisse jovens a partir de 16 anos para todos os tipos de crime. A maioria (14 parlamentares) disse que preferia reduzir a maioridade penal apenas para casos de crimes hediondos.
Rombo no caixa
Depósitos considerados insuficientes pela Previdência Social farão com que a prefeitura tenha de aportar aos cofres da Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml) R$ 47 milhões. “Quando a prefeitura vai pagar à Previdência, leva em conta o salário-base do trabalhador para calcular o benefício. O Ministério da Previdência tem um entendimento de que esses valores [verbas transitórias] precisam entrar nessa conta”, explicou o superintendente da Caixa de Assistência, Denílson Novaes.
Buraco fundo
Há, ainda, outro problema orçamentário para a prefeitura de Londrina resolver. O Executivo terá de encaminhar à Câmara de Vereadores um projeto de lei que altera o orçamento do município para garantir os recursos necessários para o pagamento total da dívida dos precatórios, já que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou de vez a Emenda Constitucional 62, de 2009, e instituiu prazo de cinco anos para o pagamento das dívidas. De acordo a Secretaria Municipal da Fazenda, Londrina terá de zerar, até 2020, dívidas que somam R$ 85 milhões.
Colaboraram: Bruna Maestri Walter, Carlos Eduardo
Vicelli, Euclides Lucas Garcia, Fábio Calsavara e
Rogerio Waldrigues Galindo.
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