O ex-ministro Paulo Bernardo (PT, foto) escreveu nesta sexta-feira (6) no Facebook uma longa nota dando sua versão para a dificuldade que a Justiça encontrou para notificá-lo de um depoimento que deveria dar como testemunha de defesa em um processo da Lava Jato. Segundo ele, o endereço em que sua família mora é fácil de encontrar inclusive por se tratar de um apartamento funcional em Brasília, cedido pelo Senado à sua esposa, Gleisi Hoffmann (PT). O petista diz que, depois de ouvir dizer que estava para ser citado, ligou para o advogado Juliano Breda “solicitando que me orientasse sobre como proceder e ele se prontificou a ligar para a Vara da Justiça informando meu endereço”. “Concordei e logo depois ele me retornou informando que tinha ligado e que os servidores responderam que anotariam no processo que houve uma ligação para informar o endereço e na sequência mandariam a intimação para o meu endereço”, diz a nota. O ex-ministro aproveitou também para reclamar do tratamento que os jornais deram ao tema, dizendo que ele estaria desaparecido.
Conversa desanimada
Vereadores que participaram da reunião com o prefeito Gustavo Fruet (PDT) sobre planos de obras para comemorar o aniversário de Curitiba saíram de lá pouco animados. A reunião, primeira depois de vários meses de espera, não teve grandes novidades. E, além de tudo, teve um clima bastante formal. É que a ideia era fazer a conversa apenas com aliados, mas os “independentes” apareceram, o que teria murchado o clima do encontro.
Deixou de pagar
Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que o governo federal deixou de pagar R$ 320,5 milhões a empresas investigadas na Lava Jato no ano passado. A quantia é referente a obras e serviços já executados e reconhecidos pelo governo, mas cujo pagamento ficou para 2015. Segundo o levantamento, entre as empresas, a que tem mais recursos a receber é a Queiroz Galvão: R$ 105,9 milhões. Boa parte do valor é referente à integração do Rio São Francisco, de acordo com a ONG.
Confusão na audiência
A audiência na Justiça Federal de Curitiba para oitiva das testemunhas Maurício Godoy e Shinko Nakandakari, nesta quinta-feira (5), foi marcada pela reclamação dos advogados dos executivos referente a cerceamento de defesa. As defesas de Dário de Queiroz Galvão Filho e Eduardo de Queiroz Galvão e a defesa de Erton Medeiros Fonseca – todos da Galvão Engenharia – reclamaram por não terem acesso aos depoimentos prestados por Nakandakari e Godoy ao MPF. Em resposta, o juiz federal Sergio Moro informou que “os fatos que são objeto desse processo foram juntados na íntegra”. A resposta não agradou os advogados e a discussão levou cerca de 15 minutos.
Estreia em Curitiba
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende estrear o projeto “Câmara Itinerante” em Curitiba, no dia 20 de março, quando deverá ser realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná.
Lei da Carteirada
O senador Romário (PSB-RJ) quer tipificar a “carteirada”. Ele propõe acrescentar no Código Penal punições para o agente público que utilizar do cargo para obter vantagem ou privilégio indevido. Uma das punições seria a suspensão do salário.
Pinga-fogo
Quem defende que apenas os executivos das empresas sejam punidos e que as empresas não devam ser punidas faz apologia à impunidade.
Colaboraram: Rogerio Galindo, Rhodrigo Deda, Kelli Kadanus e Bruna Maestri Walter.
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