Estamos no 1º de abril, mas pena que não é mentira que o tarifaço do governador começa a valer hoje [ontem]. Infelizmente, é verdade.
O Palácio Iguaçu não está nada feliz com a postura dos deputados-herdeiros no atual mandato. Nesta semana, eles seguraram a aprovação do “pacotaço” fiscal do Executivo na CCJ como forma de mandar um recado de que querem ser mais ouvidos. O que mais irrita os palacianos é que os parlamentares envolvidos não apenas são, mas estão no governo: Maria Victoria (PP, foto) é filha da vice-governadora Cida Borghetti (Pros); Felipe Francischini (SD) é filho do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini (SD); Pedro Lupion (DEM) é filho do presidente da Cohapar, Abelardo Lupion; e Tiago Amaral (PSB) é filho do conselheiro do TC e ex-chefe da Casa Civil Durval Amaral. O grupo ainda conta com a participação de Guto Silva (PSC), subchefe da Casa Civil de 2012 a 2014, que estaria de olho na vaga do líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB). Dentro do Palácio, há quem brinque que tudo se resolverá com um McLanche Feliz e uma sessão de matinê no cinema.
Ratinho Jr. cauteloso
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Jr. (PSC) negou ao Blog Caixa Zero, do jornalista Rogerio Waldrigues Galindo, que já tenha se decidido por uma candidatura ao governo do estado, como afirmou esta coluna na edição de quarta-feira (31). A informação, segundo o blogueiro, partiu de deputados estaduais que participaram de reunião com o secretário nesta semana.
Mal-entendido
A assessoria do secretário garante que se tratou de um mal-entendido, e que Ratinho considera cedo demais para tomar uma decisão deste gênero. Ratinho não esconde que um dia pretende chegar ao governo estadual – nunca escondeu. Mas diz que, por enquanto, ainda não sabe quais serão exatamente seus próximos passos.
Requião bate em Levy
O senador Roberto Requião (PMDB) não gostou nada da passagem do Ministro da Fazenda Joaquim Levy pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na terça-feira (31). Levy tentava convencer – com sucesso, diga-se – os parlamentares a não votar o projeto que reduziria a dívida de estados e municípios com a União. Sem meias palavras, mantendo o estilo que lhe é peculiar, o peemedebista cutucou o ministro. “Estamos em uma crise sem precedentes. E no meio desta crise, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, vem ao Senado e leva sete horas explicando um ajuste. Não é ajuste. É uma recessão programada”, abriu o senador. “O Levy é uma nulidade absoluta, um economista de apostila”, emendou.
PR e a maioridade penal
A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal que autorizou o prosseguimento da tramitação da redução da maioridade penal contou com quatro deputados paranaenses: Luciano Ducci (PSB), Sandro Alex (PPS), Sérgio Souza (PMDB) e Valdir Rossoni (PSDB). Todos os quatro se pronunciaram a favor da constitucionalidade do projeto. O Paraná também tem como titular na CCJ o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB), mas ele não esteve presente à votação.
Nepotismo
O prefeito de Cruzmaltina, cidade de pouco mais de três mil habitantes na região central do estado, José Maria Santos foi multado em R$ 4.352.04 pelo Tribunal de Contas (TC) pela contratação de três pessoas – duas delas parentes – sem prévia aprovação em concurso público ou teste seletivo. Josiane de Fátima dos Santos, prima da esposa do prefeito, exercia a função de gari. Já Leila Franciele dos Santos, sobrinha, atuava como vigia. Ambas foram demitidas. Franciele Reigota Ávila, por sua vez, ocupou indevidamente o cargo de enfermeira por sete meses, antes de ser aprovada em concurso, segundo o TC. Cabe recurso da decisão.
Colaboraram: Bruna Maestri Walter, Carlos Eduardo Vicelli, Euclides Lucas Garcia e Rogerio Waldrigues Galindo.
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