Reconheço que passamos uma fase de pessimismo, mas não devemos incentivar isso, temos de ser otimistas.
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O governador Beto Richa (PSDB) soltou o verbo contra alguns dos seus “inimigos” políticos. Em entrevista à Revista Veja, o tucano disse que a greve dos professores deste ano teve conotação política. “A greve não teve justificativa, ainda mais naquele porte”. Para ele, o acampamento dos professores, a ocupação da Assembleia e os demais atos da greve foram motivados porque o sindicato da categoria “é um braço do PT”.
Ó vida, ó céus
Não é a primeira vez que o governador diz ser perseguido. Ele justificou a crise financeira do estado, no ano passado, por “perseguição do governo federal”, orquestrada especialmente pela ex-ministra da Casa Civil e senadora petista Gleisi Hoffmann, que teria trabalhado para não liberar empréstimos para o Paraná. Também disse que as mais de 20 rebeliões ocorridas em apenas um ano nas penitenciárias do estado eram “coisa programada” para desgastá-lo em ano eleitoral.
Inimigo íntimo
Na mesma entrevista, Richa culpa o ex-governador Roberto Requião (PMDB, foto) pela crise, por supostamente ter deixado dívidas em aberto. Ele disse ainda que não cometeu estelionato eleitoral por dizer que “o melhor está por vir” na campanha. “Eu acabei de assumir, faz três meses. O melhor está por vir ao longo do mandato. O mandato é de quatro anos”, ressaltou, se esquecendo que comanda o Palácio Iguaçu desde 2011.
Tudo em casa
Esta coluna já destacou a dobradinha entre pai, o secretário de Segurança Pública do estado, Fernando Francischini (SD), e filho, o deputado estadual Felipe Francischini (SD). O filho faz o pedido, como a instalação de um Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) no litoral do estado, e o pai trata de tentar tirar do papel. Agora é um outro integrante do Partido Solidariedade, o vereador de Curitiba Zé Maria que vê na Secretaria de Segurança Pública uma possibilidade de tirar projetos do papel. O parlamentar defende a criação de uma delegacia policial especializada em atender os direitos das pessoas com deficiência. Zé Maria preside a Comissão Permanente de Acessibilidade da Câmara.
Condenação pronta
Para o advogado de Ricardo Pessoa, presidente da UTC, o juiz federal Sérgio Moro já tem a sentença referente à Lava Jato pronta na cabeça, antes mesmo de a operação terminar. Segundo Alberto Toron, os executivos serão condenados a penas que variam entre 30 e 50 anos. “Pode escrever”, disse o advogado.
Habeas corpus e delação
Os processos relacionados aos executivos ainda estão na fase de oitiva das testemunhas de defesa e os interrogatórios dos réus já estão marcados. Toron busca um habeas corpus para seu cliente, em paralelo com as tratativas para que Pessoa firme um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
Cartas marcadas
O comentário de Toron reforça o argumento do advogado do doleiro Alberto Youssef. Ao sair de uma audiência na Justiça Federal de Curitiba em fevereiro, Antônio Figueiredo Basto questionou o curso processual das ações penais. “Já está marcado o baralho”, disse. Segundo ele, o ambiente é para a condenação de todos os réus. “Há um total desrespeito da defesa”, reclamou o advogado na ocasião.
Colaboraram: Amanda Audi, Carlos Eduardo Vicelli e Kelli Kadanus.
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