O governador Beto Richa (PSDB, foto) negou que Luiz Abi Antoun, que chegou a ser preso, fosse seu assessor e descartou qualquer tipo de influência do parente investigado no governo do estado. Abi é suspeito de manipular licitação do governo. “Não tem influência, não tem cargo. As investigações estão acontecendo. Sou a favor de que seja apurada qualquer denúncia que tenha fundamento”, disse Richa no sábado (11), em Londrina.
A proximidade de Richa com o auditor da Receita Estadual em Londrina Márcio Albuquerque de Lima também foi negada pelo governador. Lima, que está foragido, correu na mesma equipe de Richa na prova automobilística 500 Milhas de Londrina do ano passado. O governador disse que já correu em mais de 15 carros ao logo de 18 anos, participando das 500 milhas com cerca de 100 pilotos. “Vocês conhecem as 500 milhas, são mais de 30 equipes, três pilotos por carro. Essa ilação de que era meu parceiro em todas as corridas não é verdade. É bom esclarecer. E quando foi para a Receita não tinha indícios. Agora mesmo está sendo investigado. Não podemos fazer um pré-julgamento antes do desfecho desta investigação. E eu, mais do que ninguém, quero que tudo seja investigado, devidamente esclarecido o mais rápido possível. Se ficar comprovado, deve ser punido exemplarmente.”
Agenda
Segunda-feira: O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa se reúne para avaliar o processo da denúncia feita pelo Ministério Público contra o deputado Nelson Justus (DEM).
Terça-feira: A Câmara dos Deputados volta a debater o projeto de lei das terceirizações.
Propostas de emenda constitucionais (PEC) também constam na pauta da semana na Câmara Federal. Uma delas prevê que a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores passe de 70 para 75 anos.
Paranaprevidência
Em relação à polêmica com o funcionalismo sobre as mudanças na Paranaprevidência, o governador afirmou que com mais tempo, conversando com “transparência e espírito democrático”, com as partes interessadas, conseguiu um consenso. “[A proposta] busca o equilíbrio do Fundo Previdenciário e também do Fundo Financeiro. Não dá para sobrecarregar um fundo e aliviar outro. Até porque quem paga a conta são os contribuintes”, disse.
Fachin
Em Curitiba, no ato anti-Dilma deste domingo (12), sobrou até para o jurista paranaense Luís Edson Fachin, um dos cotados para assumir a cadeira deixada por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. “Não é só porque é paranaense que nós vamos defender sua indicação. Nós não queremos mais um petista na Corte do STF”, discursou um dos organizadores, de cima do caminhão de som, estacionado na Boca Maldita. Pelo menos cinco grupos estavam à frente da manifestação na capital: “Movimento Brasil Livre”, “Vem pra rua”, “Direita Curitiba”, “Meu Paraná não é vermelho” e “Curitiba contra a corrupção”.
Eles [o PT] não conseguem ganhar no voto, querem ganhar no pau. E no pau não vão ganhar.
Colaboraram: Catarina Scortecci, Fábio Calsavara, Marcos Cesar Gouvea e Antonio Senkovski .
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