Se você anda de ônibus em algum momento já sofreu com o fim dos créditos de seu cartão de transporte coletivo e com dificuldade de saber quais os pontos de venda existentes para recarregá-lo. É claro que se Curitiba tivesse a missão de oferecer um sistema de transporte público exemplar esse problema jamais existiria, os pontos de recarga seriam muitos e de fácil conhecimento. Mas as dificuldades para encontrar pontos de recarga do cartão acabaram.
Jogos da Política 1
Ativistas de São Paulo estão buscando financiamento coletivo para um projeto que explica o sistema político de forma fácil e rápida (https://www.catarse.me/fastfooddapolitica). Segundo Júlia Carvalho, 21 anos, uma das propositoras do projeto, o Fast Food da Política é “um conjunto de jogos que propõe um aprendizado sobre o sistema político de forma rápida e divertida”.
Jogos da Política 2
Fast Food da Política pretende desenvolver sete jogos que explicam como funciona a política brasileira. Um deles é o Monte o seu Governo, que simula a relação entre personalidades políticas nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos os jogos serão tornados disponíveis na internet e poderão ser compostos com materiais encontrados em papelarias.
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Integrantes do Code for Curitiba, o braço local dos hacker-ativistas do Open Brasil, acabam de criar o site do “Kartão” (kartao.com.br), uma página da internet que permite ao cidadão encontrar todos os parcos pontos de recarga para cartão de ônibus georreferenciados. Assim fica fácil de encontrar.
Vale saber quem foram os criadores do aplicativo web, que desenvolveram o serviço em cerca de um mês, reunindo-se às quartas-feiras fora do horário de expediente. Os desenvolvedores Thierry Delbart e Neri Jakubowski Jr. trabalharam no código fonte do aplicativo. Fernanda Dal Pizzol, Gustavo Guerchon, Paloma Pinheiro e Marquistei Medeiros, na divulgação e apresentação do projeto. João Paulo Neto e Fernando Ienkot, no design da ferramenta.
“Tive a ideia depois que percebi como era difícil carregar o cartão de transporte”, explica o desenvolvedor Thierry Delbart. De origem francesa, Tierry Delbart conhece as dores de quem usa cartão de transporte em Curitiba todo o dia. “Nunca recarreguei o cartão pela internet, porque demora dois dias até liberarem os créditos para uso. Quando acabam os créditos, o jeito é você ir a uma banca que venda. Mas é difícil de encontrar os locais de venda.”
Os integrantes do Code for Curitiba pretendem tornar a ferramenta colaborativa nos próximos meses, a fim que usuários do sistema de transporte público possam corrigir eventuais imperfeições na localização dos pontos de recarga. Eles também têm recebido apoio da Urbs e da prefeitura, que prometem liberar os dados de ponto recarga em formato aberto, o que vai permitir a atualização mais rápida da ferramenta.
Assumindo relevância
O movimento de hacker-ativismo está dando seus primeiros passos na capital. Pode, entretanto, se tornar um dos coletivos mais relevantes do estado, causando mudanças em comportamentos e oferecendo ferramentas úteis para toda a comunidade. Como todos trabalham de forma voluntária, neste momento o grupo necessita que mais hacker ativistas se envolvam. “Seria importante que estudantes viessem participar, eles seriam muito úteis para o fortalecimento do grupo”, afirma Thierry Delbart.
O envolvimento do grupo com as universidades seria uma estratégia apropriada para engrossar as fileiras de hacker ativistas do Code for Curitiba. Criar ferramentas tecnológicas sociais dá trabalho e é necessário a mão de obra voluntária de cidadãos que possuam as mais diversas habilidades – programação, comunicação, design, antropologia urbana, direito. O “Kartão” é o primeiro aplicativo do grupo. Uma ampliação dos contingentes do coletivo certamente vai ajudá-lo a criar outros tantos que irão impressionar os moradores da capital.
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