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Tendências

Ônibus Hacker

Os ativistas do Transparência Hacker conseguiram arrecadar recursos suficientes para a compra do primeiro Ônibus Hacker do país, que deverá rodar as estradas brasileiras e visitar municípios, para compartilhar experiências de fiscalização da máquina estatal por meio de análise de dados públicos divulgados na internet. Lançado no Catarse em 30 de maio, em menos de dois meses os ativistas da transparência conseguiram viabilizar a compra do ônibus, que deve sair por cerca de R$ 40 mil. A iniciativa subverte a política tradicional e permite o uso de dados governamentais para o interesse da sociedade.

Mais vagas nas câmaras para quê?

Vereadores começam a se articular para ampliar as vagas nas câmaras. Maringá pode aumentar de 15 para 23. Foz do Iguaçu, de 15 para 20. O argumento é que o aumento de cadeiras amplia a representatividade. Essas iniciativas enfrentam a resistência. Em Foz, a Associação Comercial e Industrial e a OAB-PR espalharam outdoors contra o aumento: "Foz do Iguaçu quer mais segurança – não precisa de mais vereadores". Na página de O Coro da Multidão, no Facebook, Diego Mialski também se posiciona contra: "Os políticos se aproveitam do crescimento econômico do país para justificar a suposta necessidade de aumento de cadeiras no Poder Legislativo".

Mande e-mails (rhodrigodeda@gmail.com), publique no Twitter (#ocorodamultidao) ou na página da coluna no Facebook (basta digitar o Coro da Multidão na barra de busca).

Toda a vez que o avestruz político esconde sua ca­­beça na terra para fingir não ver a violência praticada em sua comunidade, ele se coloca na mira de um fuzil. A imagem pode ser absurda, mas é o que acontece quando consideramos que a segurança pública deve ser garantida exclusivamente pelo Estado, sem a necessidade de nossa participação. Ficamos reféns da convicção pue­­ril de que o governo, essa en­­tidade "mágica", irá resolver os incidentes que diariamente contribuem para incutir o medo na sociedade paranaense. E, assim, continuamos alvo fácil para a perpetuação da violência.

Lançada a campanha Paz sem Voz é Medo (www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo) do Grupo Paranaense de Comunica­ção (GRPCom), surge a possibilidade de se identificar conjuntamente as causas da violência e estabelecer políticas públicas que possam reverter o diagnóstico de que 70% da população se sente menos segura hoje, do que há cinco anos.

A experiência tem comprovado que a atuação exclusiva de governos dificilmente traz soluções duradouras e eficazes nesta área. Pois, segurança não depende apenas de maior contingente policial, mais equipamentos e infraestrutura de inteligência in­­vestigativa. Não depende apenas de controle e repressão. As ca­­deias e penitenciárias superlotadas estão aí para comprovar.

Segurança pública depende da redução de desigualdade so­­cial, de promoção de emprego para jovens para que possam confiar que é possível ascensão social por meio do trabalho, em vez da criminalidade. Depende de iluminação pública adequada, de fortalecimento de vínculos de solidariedade, de promoção de educação e cultura.

Mas em tempos críticos em que há uma escalada da violência, com cidades como Curitiba tendo 40 homicídios por semana, depende especialmente do envolvimento da população na busca de soluções locais que reduzam o problema. É por isso que O Coro da Multidão considera importante que todos contribuam com ideias e ações para tornar o Paraná um estado mais seguro.

O compartilhamento de ideias e a proposição de ações conjuntas contra a violência no estado podem fazer emergir so­­luções a partir da mobilização da sociedade. As experiências pessoais em nossas comunidades são únicas e delas podemos ex­­trair lições que o governo jamais conseguirá sozinho. Com­­par­tilhadas, discutidas e reelaboradas podem ser fonte de políticas públicas eficazes.

Há diversos problemas a se combater. É urgente a luta contra a epidemia do crack, causa de tantos assassinatos e roubos. É urgente que busquemos soluções para acabar com a violência nas escolas. É urgente trazer novamente a sensação de segurança aos cidadãos do estado. A campanha que se iniciou vai cons­­tantemente levantar problemas e buscar soluções. Mas nós também podemos colaborar, ao longo dos próximos meses. Seja por meio da discussão pública, seja por meio de ações localizadas. Envolva-se nessa campanha e colabore para melhorar a segurança pública no Paraná. Então, publique-se. O Coro da Multidão, aposta na inteligência colaborativa e está a seu dispor (veja ao lado como pode compartilhar suas ideias).

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