Gustavo Fruet (PDT) tem um grande desafio para se reeleger prefeito de Curitiba. Pesquisas de opinião revelam descontentamento do eleitorado com sua gestão e a maioria diz que vota em Rafael Greca (PMN), deixando Fruet em segundo lugar. Para alívio das frontes pedetistas, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que apoia Greca, também foi mal avaliado pelo eleitorado curitibano. Confira os dados dos registros das pesquisas abaixo.
Fato é que muitos políticos do Sul e Sudeste do Brasil estão mal avaliados. É isso o que mostram as pesquisas divulgadas pelo Ibope nos últimos dias.
Em Curitiba, 37% dos eleitores dizem que a gestão de Fruet é ruim ou péssima; só 19% acham que está ótima ou boa. O desempenho de Richa ficou um pouco pior: 48% dizem que a administração dele é ruim ou péssima; 15%, ótima ou boa.
Quem está na pior do ranking dos piores é Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo: 57% de conceito ruim ou péssimo; apenas 13% acham sua gestão ótima ou boa. Isso se reflete também na pesquisa de intenção de voto; Haddad aparece em terceiro lugar, com 9%, empatando com Luiza Erundina (PSol) e João Doria (PSDB).
O fato de ele ser petista pode ter pesado contra, mas o tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, também não está bem avaliado. Para 36% dos paulistanos, a administração do PSDB está ruim ou péssima; para 18%, ótima ou boa.
Na prefeitura de Porto Alegre, Jorge Fortunati (PDT) acumula 40% de avaliação ruim ou péssima, e 17% de ótima ou boa. Ele, ao menos, não é candidato à reeleição. O governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), que tem adotado medidas impopulares para conter o enorme rombo nas contas públicas, tem desempenho ainda pior. Dentre os porto-alegrenses, 55% dizem que a administração dele é ruim ou péssima; para 12%, ótima ou boa. Nesse cenário, Luciana Genro (Psol), aparece em primeiro lugar na disputa local.
Em Vitória (ES), a situação está mais equilibrada para o prefeito Luciano Rezende (PPS). Ele aparece mal avaliado por 36% dos eleitores, mas conta com 23% de conceito bom ou ótimo. Mesmo assim, figura em segundo lugar na intenção de voto. O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), aparece com uma imagem melhor junto ao eleitorado: 26% de avaliação ruim ou péssima, mas 30% de ótimo ou bom. Ele, entretanto, diz que está fora da disputa pelo comando na capital.
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) aparece com 31% de ruim ou péssimo, e 23% de avaliação ótima ou boa. Seu vice e afilhado político, Délio Malheiros (PSD), porém, aparece com meros 3% na pesquisa eleitoral. O governador mineiro, Fernando Pimentel (PT), tem 37% de avaliação ruim ou péssima, e 17% de ótimo ou bom. O candidato do PT, Reginaldo Lopes, aparece com 1% de intenção de voto.
No Rio de Janeiro, as diversas obras para as Olimpíadas parecem ter ajudado Eduardo Paes (PMDB). Sua gestão é considerada ruim ou péssima por 33% dos cariocas, mas 27% declaram que ela é boa ou ótima. A despeito disso, o candidato apoiado por Paes, Pedro Paulo (PMDB), ainda aparece com apenas 6% de intenções de voto, em quarto lugar.
Os índices de Paes são melhores que o do governador interino, Francisco Dornelles (PP), que decretou situação de emergência por causa do déficit e pediu socorro ao Tesouro Nacional. A gestão do pepista é tida como ruim ou péssima por 47%; e apenas 6% dizem que ela é boa. O PP também está na coligação de Pedro Paulo.
Saúde
Um adendo: a política está em cheque em muitos locais, mas ACM Neto, herdeiro político de um dos maiores caciques do Brasil, aparece como favorito à reeleição, com 68% das intenções de voto. Só 5% dizem que sua administração é ruim ou péssima, e 71% avaliam como boa ou ótima.
O caso de Salvador merece ser tratado à parte. Por enquanto, ajuda a explicar um fenômeno generalizado. Em todas as cidades, seja qual for a avaliação do prefeito, seja qual for o partido dele, a saúde aparece como principal problema. Em São Paulo e Rio de Janeiro, é citado por 54% dos eleitores; em Belo Horizonte, 52%; em Curitiba, 49%; em Salvador, do aclamado ACM Neto, 48%; em Porto Alegre, 37% (seguido de segurança, com 36%); e em Vitória, 35%.
Várias avaliações podem ser feitas a partir disso, mas uma das principais é: a saúde é um problema nacional, e é preciso uma nova forma de gestão e financiamento.
(*) Curitiba: a pesquisa Ibope foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e realizada de 19 e 22 de agosto com 602 eleitores. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de confiança. Registro no TRE-PR sob o nº PR-04300/2016.
São Paulo: a pesquisa Ibope foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ouviu 805 eleitores entre os dias 19 e 22 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-SP sob o nº SP-07072/2016.
Porto Alegre: a pesquisa Ibope foi encomendada pelo Grupo RBS. Ouviu 602 eleitores entre os dias 18 e 21 de agosto. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-RS sob o nº RS-09253/2016.
Rio de Janeiro: A pesquisa foi encomendada pela TV Globo. O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 20 e 22 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-RJ sob o nº RJ-06567/2016.
Belo Horizonte: A pesquisa foi encomendada pela TV Globo. O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 18 e 21 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-MG sob o protocolo MG-04289/2016.
Salvador: A pesquisa foi encomendada pela TV Bahia. O Ibope ouviu 602 eleitores entre os dias 18 e 21 de agosto. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-BA sob o nº 02257/2016.
Vitória: A pesquisa foi encomendada pela TV Gazeta. O Ibope ouviu 602 eleitores entre os dias 19 e 22 de agosto. A margem de erro estimada é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Registro no TRE-ES sob o protocolo nº ES-00162/2016.
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