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Em clima de Copa do Mundo, os deputados já anteciparam as férias e só voltarão ao trabalho em julho. Com a obstrução de cinco partidos que pressionam pela votação do projeto de decreto legislativo para barrar os conselhos populares da presidente Dilma Rousseff, a sessão deliberativa desta tarde foi suspensa. Até as 15h45, apenas 164 parlamentares registraram presença.

Das 20 reuniões em comissões agendadas para o dia, metade foi cancelada por falta de quórum. Até audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional marcada para ouvir os esclarecimentos do ministro da Saúde, Arthur Chioro, sobre a contratação de médicos cubanos para o programa Mais Médicos, foi desmarcada.

Na terça-feira (10), pouco antes de seguir viagem para Natal, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu cancelar as sessões deliberativas marcadas para o mês. Em um calendário organizado para os dias de jogos em Brasília e de partidas da seleção brasileira, Alves havia agendado sessões deliberativas nos dias 24 e 25 de junho, mas com a obstrução do DEM, PSDB, SDD, PSD e PPS, o peemedebista concluiu que não haveria chances reais de votações neste período. Assim, ficou estabelecido que os trabalhos serão retomados só em 1º de julho. O recesso parlamentar começará em 17 de julho.

Pelos corredores da Câmara, circulam nesta tarde poucos deputados e menos de 10 se revezam no plenário da Casa, onde ocorre uma sessão de debates. "Estamos como a GM (General Motors), de férias coletivas", comemorou um deputado.

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