Com a palavra, o prefeito

A palavra do prefeito deve ser decisiva para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Curitiba. Todos os pré-candidatos à presidência aguardam um posicionamento de Gustavo Fruet (PDT, foto) na disputa. Enquanto o vereador Pastor Valdemir Soares (PRB) espera que o chefe do Executivo fique neutro no processo – para não atrapalhar sua possível candidatura –, Pedro Paulo (PT) dá como certo o posicionamento do líder na campanha pró-PT. Já Ailton Araújo (PSC) corre por fora e se coloca como "terceira via" na eleição. "Estão fazendo uma polarização de situação e oposição com o objetivo de excluir outros da disputa, mas todos poderão ter uma surpresa", disse, confiante.

Aliás...

Ainda são considerados pré-candidatos à presidência da Câmara os vereadores Zé Maria (SD) e Sabino Picolo (DEM). Ambos, porém, não dão certeza de que disputarão o cargo. "Não saí candidato. Estou apenas ouvindo alguns colegas e deixei meu nome à disposição", disse Zé Maria, que afirmou que conversaria ainda ontem com o prefeito. "Por enquanto não sou candidato, só se os vereadores acharem que eu possa ser. Mas vamos estudar no momento oportuno", declarou Picolo. Sobre uma possível interferência do ex-presidente da Casa João Cláudio Derosso no processo de escolha do novo presidente, ninguém sabe, ninguém viu...

Vetos

Na sessão de ontem, a Câmara de Curitiba manteve os vetos do prefeito Gustavo Fruet ao Projeto de Lei da Vizinhança Participativa, do vereador Jonny Stica (PT). O projeto estabelece a possibilidade de parcerias entre a prefeitura e a população na execução de obras pontuais e de baixo valor. Os vetos retiraram da norma os dispositivos que tratavam de parcerias de iniciativa da prefeitura. Agora, só poderão ser divididos custos de obras públicas quando a parceria partir da comunidade, por meio de abaixo-assinados ou de entidades.

Moro e o PT

O deputado estadual Plauto Miró (DEM) propôs na sessão de ontem da Assembleia Legislativa do Paraná um título de cidadão benemérito ao juiz Sérgio Moro, responsável por autorizar a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O curioso é que o DEM já extrapolou sua cota anual de homenagens, o que em tese inviabilizaria o título. A solução acabou vindo do PT, um dos alvos da operação: o líder do partido, o deputado Tadeu Veneri, ofereceu ceder a cota da legenda para a homenagem – com a concordância dos outros seis parlamentares petistas.

Transição pacífica

A Assembleia realizou ontem um sorteio para definir a distribuição dos gabinetes dos novos deputados. A medida foi tomada para evitar uma guerra entre os parlamentares já no início do mandato. No passado, os gabinetes foram alvo de briga e até mesmo de "venda". Hoje, além do sorteio, os espaços foram padronizados para evitar "latifúndios". Pelas regras, quem foi reeleito ficará com seu espaço atual.

Publicidade oficial

O governo do Paraná gastou R$ 70 milhões em publicidade nos três primeiros trimestres de 2014, de acordo com dados publicados no Diário Oficial. O balanço foi trazido a público pelo site Livre.Jor, especializado no acompanhamento dos Diários Oficiais do estado. A maior parte da publicidade oficial do estado foi feita no primeiro semestre, quando ainda não vigiam as restrições da lei eleitoral. Durante a campanha eleitoral, os gastos ficam restritos ao mínimo legal (editais, por exemplo). No total, apenas R$ 10 milhões foram investidos em publicidade legal. A maior parte foi investida em publicidade institucional, que não tem caráter obrigatório.

Colaboraram: Katna Baran, Chico Marés e Rogerio Galindo