Dança das cadeiras
Veja os novos nomes na Assembleia Legislativa do Paraná:
Saiu: Marcelo Rangel (PPS), prefeito de Ponta GrossaEntrou: Alceu Maron Filho (PSDB)
Saiu: Augustinho Zucchi (PDT), prefeito de Pato Branco Entrou: Elton Welter (PT)
Saiu: Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), secretário de Estado do Trabalho Entrou: Gilberto Martin (PMDB)
Saiu: Cesar Silvestri Filho (PPS), prefeito de GuarapuavaEntrou: Tercílio Turini (PPS)
Saiu: Reni Pereira (PSB), prefeito de Foz do IguaçuEntrou: Wilson Quinteiro (PSB)
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) empossou ontem quatro novos deputados que substituirão ex-parlamentares que assumiram o mandato de prefeito. Fazem parte do Legislativo estadual a partir de agora Alceu Maron Filho (PSDB), Gilberto Martin (PMDB), Tercílio Turini (PPS) e Wilson Quinteiro (PSB). Maron Filho, no entanto, corre o risco de perder o mandato parlamentar nas próximas semanas. Isso porque o tucano foi eleito suplente em 2010 pelo PPS, legenda que já anunciou que irá solicitar o mandato na Justiça devido à regra da fidelidade partidária.
Turini (ex-vereador em Londrina) ficou com a vaga de Cesar Silvestri Filho (PPS), que se elegeu prefeito de Guarapuava. Quinteiro (ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado de Relações com a Comunidade), por sua vez, herdou a cadeira deixada por Reni Pereira (PSB), que é o novo prefeito de Foz do Iguaçu. Na vaga de Augustinho Zucchi (PDT), que se elegeu prefeito de Pato Branco, assumiu em definitivo o petista Elton Welter. Com isso, o segundo suplente da coligação, Gilberto Martin (ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde), ocupará temporariamente uma cadeira de deputado, enquanto Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) estiver exercendo o cargo de secretário estadual do Trabalho.
A única situação indefinida é a de Maron (ex-vereador em Paranaguá), que ficou com a cadeira de Marcelo Rangel (PPS), o novo prefeito de Ponta Grossa. Em 2010, ele disputou a eleição para deputado estadual pelo PPS, ficando na segunda suplência. No ano seguinte, porém, filiou-se ao PSDB, partido pelo qual disputou a prefeitura de Paranaguá na eleição do ano passado ele ficou em terceiro lugar na disputa municipal. Como a Justiça Eleitoral tem entendido que, nos cargos proporcionais, o mandato é do partido ou da coligação, são grandes as chances de Maron perder a vaga. Nesse caso, assumiria o ex-deputado estadual Felipe Lucas (PPS).
"Ninguém está impedido de deixar o partido e mudar para qualquer que seja a legenda. Mas o entendimento da Justiça é de que o mandato é do partido, a não ser nos casos de criação ou fusão de legendas", justificou o presidente estadual do PPS, deputado federal Rubens Bueno. "O Maron saiu do PPS sem nenhuma razão e, por isso, vamos requerer o mandato na Justiça ainda nesta semana."
Recentemente, Maron esteve envolvido em outra polêmica, ao ser investigado pelo Ministério Público Estadual por suposta "venda" de cargos comissionados no Porto de Paranaguá em troca de apoio político para a eleição municipal e para supostamente financiar campanhas eleitorais. O caso foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), para quem o MP extrapolou suas funções ao presidir o inquérito e impedir investigações da Polícia Civil. Além disso, o TJ considerou que acordos políticos fazem parte da vida pública.