Deputados
Discurso de Rossoni é recebido com frieza pelos colegas
Na sessão solene de abertura da Assembleia, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), disse que vai manter a reformulação que tem promovido no Legislativo. Em seu discurso, ele lembrou que há um ano a Casa precisou ser tomada pela Polícia Militar para que ele pudesse tomar posse. Agradeceu aos colegas pelo apoio nas mudanças, mas ouviu poucos aplausos em retribuição evidenciando o clima ruim entre ele e os colegas após o corte dos 14º e 15º salários dos parlamentares, em dezembro. No fim do ano passado, houve até um movimento entre os deputados para desengavetar o projeto que proíbe a reeleição da mesa, o que seria uma tentativa de evitar que o tucano continue no comando da Casa, na eleição interna de 2013. Questionado a respeito, Rossoni disse que pleitear o fim da reeleição é um direito dos colegas. (SM)
Realizações
Confira os números de 2011 apresentados pelo governador Beto Richa em seu discurso na Assembeia:
- R$ 9 bilhões em novos investimentos da iniciativa privada.
- Economia de 20% das despesas correntes ao longo do ano.
- R$ 830 milhões para melhoria e conservação de estados.
- R$ 72 milhões para contratação de 30 patrulhas rodoviárias para adequação de estradas rurais.
- R$ 1 bilhão para os portos de Paranaguá e Antonina para duplicar a capacidade de operação.
- R$ 58 milhões de recursos para transporte escolar, em vez dos R$ 27 milhões em anos anteriores.
- R$ 126 milhões para a reforma de mais de 500 escolas.
- Reajuste de 13% para os professores em 2011.
- Aumento de 148% dos recursos destinados à merenda escolar que passaram de R$ 36 milhões, em 2010, para R$ 91 milhões.
- R$ 340 milhões a mais no orçamento da saúde deste ano.
- Redução do índice de homicídios em 8% em Curitiba e em 5,8% no estado inteiro.
- Diminuição do número de presos em delegacias e cadeias de 16,4 mil para menos de 12 mil.
O governador Beto Richa (PSDB) abriu ontem o ano legislativo da Assembleia do Paraná com um discurso no qual procurou mostrar que sua administração já supera a gestão que o antecedeu, dos ex-governadores Roberto Requião e Orlando Pessuti, ambos do PMDB. Richa fez um balanço de seu primeiro ano de mandato elencando números e, por vezes, comparando-os com os dados do último ano da gestão anterior com resultados sempre favoráveis ao governo tucano (veja quadro). E deu "alfinetadas" em Requião, mesmo sem citá-lo nominalmente.
No discurso, porém, a estatística de empregos criados utilizou um período de apenas 11 meses de 2011, de janeiro a novembro, o que favoreceu a atual administração. Com dezembro incluído, 2010 último ano da gestão peemedebista teve mais postos de trabalho criados.
No discurso, Richa afirmou que foram "gerados 157 mil empregos com carteira assinada no ano passado, sendo 100 mil no interior" o que seria um "recorde histórico". Os números, porém, não levaram em conta a queda significativa na geração de empregos em dezembro o que tornou o desempenho do estado pior do que o do ano anterior. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho, o estado gerou 123.916 empregos com carteira assinada em 2011 um desempenho 20% pior do que as 153.805 vagas do ano anterior.
Procurada pela reportagem, a assessoria do governador informou que houve um lapso na revisão dos números do discurso, que acabou sendo lido pelo governador com dados desatualizados. Ainda segundo a assessoria, não houve "má intenção" em exibir os números para favorecer o governador.
Durante o discurso, Beto Richa ainda fez questão de destacar outras ações na área de geração de empregos. Disse que o programa Paraná Competitivo atraiu em um ano mais de R$ 9 bilhões de investimentos da iniciativa privada ao estado.
Autoritarismo e arrogância
Mesmo sem citar nominalmente o ex-governador Roberto Requião, Beto Richa o alfinetou ao apontar como principal marca de sua gestão o diálogo em contraposição ao "autoritarismo" e à "arrogância" da gestão passada. A atração de indústrias seria uma prova disso.
Richa voltou ainda a dizer que o primeiro ano de mandato exigiu um "ajuste de contas doloroso, mas necessário para recompor a capacidade de investimento" do estado. O governador concluiu dizendo que, se não houve "uma revolução política no estado como alguns esperavam, há uma transformação gradual ocorrendo na administração estadual".
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