O projeto de reajuste do salário mínimo regional ainda vai passar por mais duas votações na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na quarta-feira (27), antes de ser encaminhado para a sanção do governador Beto Richa (PSDB), que deve ocorrer no domingo (1º), nas festividades de comemoração do Dia do Trabalho. Na sessão desta terça-feira (26), o projeto foi aprovado em segunda votação, mas recebeu uma emenda, proposta pelo deputado Eduardo Cheida (PMDB), que institui a discussão sobre trabalho decente, uma das diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no estado.

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As emendas apresentadas pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) foram rejeitadas. Entre os pedidos, estava o da adoção de um índice fixo para o reajuste, o Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC).

O reajuste, acordado entre governo e representantes do empresariado e trabalhadores, é de 6,9%, fazendo com que os vencimentos variem entre R$ 708,14 e R$ 817,78, o que configura o maior salário regional do país. O projeto foi encaminhado para a Alep na primeira quinzena de abril e deve ser sancionado até o dia 1º de maio pelo governador.

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Faixas salariais

O mínimo regional do Paraná tem quatro faixas utilizadas para definir o piso de cada um dos grupos de ocupações. Se for aprovado, os slários vão variar entre R$ 708,74 e R$ 817,78.

O Grupo I, formado por trabalhadores da agricultura, receberia R$ 708,74. No Grupo II entram os trabalhadores em serviços administrativos, domésticos e gerais, vendedores e trabalhadores de reparação, com salário de R$ 736.

O salário para o Grupo III, de trabalhadores na produção de bens e serviços industriais, vai para R$ 763,26. A faixa salarial mais alta, de R$ 817,78, é aplicado para os técnicos de nível médio.

O piso regional vale para profissionais que não têm base salarial estabelecida por acordos ou convenções trabalhistas. No estado, são cerca de 350 mil trabalhadores, como jardineiros, zeladores, trabalhadores rurais e açougueiros.

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