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Assessores de José Dirceu examinam em detalhe as agendas do período em que ele esteve na Casa Civil, mapeando encontros com empresários e banqueiros. Tudo na tentativa de evitar que o ex-ministro seja surpreendido no depoimento de amanhã ao Conselho de Ética da Câmara.

No aquecimento – Enquanto não conseguem levar José Dirceu à CPI dos Correios, deputados oposicionistas da comissão darão uma chegadinha amanhã até o Conselho de Ética para assistir e eventualmente questionar o ex-ministro.

Orelha vermelha 1 – Dirceu não tem poupado críticas ao presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), sem prejuízo de ter chamado o senador para jantar na semana passada.

Orelha vermelha 2 – Outro petista na mira de Dirceu é o líder do governo no Senado. "O Mercadante só pensa nele", protesta o ex-ministro.

Só encrenca – A sessão administrativa de amanhã na CPI dos Correios promete ser quente. Além da votação do pedido de convocação de José Dirceu, estarão em pauta requerimentos para ouvir o ex-ministro Luiz Gushiken e o empresário Daniel Dantas.

Bancada mensalista – Segundo mais uma das piadas nascidas do atual escândalo, o governo do PT fez crescer a bancada ruralista na Câmara. Por "ruralista", entenda-se deputado que recebe no Banco Rural.

Horário comercial 1 – Os nomes anotados no verso dos faxes de autorização para saques no Banco Rural são da turma que costumava se atrasar.

Horário comercial 2 – Simone Vasconcelos, funcionária de Marcos Valério que ia a Brasília cuidar dos pagamentos, costumava ficar pouco tempo na agência. Quando os destinatários não apareciam, deixava seus nomes e se mandava.

Ainda em campo – O presidente do PT-DF, Vilmar Lacerda, que sacou R$ 100 mil das contas de Marcos Valério, é assessor do gabinete do senador Cristovam Buarque, de onde não havia sido exonerado até sexta-feira passada.

Janela de oportunidade – Na oposição, quem enxerga longe já divisou a próximo tema sobre o qual o governo lançará holofotes na tentativa de desviar o foco da crise política: o referendo do desarmamento, marcado para 23 de outubro.

Água no moinho – A campanha que precederá o referendo deverá alinhar do mesmo lado, pró-desarmamento, um bom número de petistas e tucanos, dando combustível ao discurso governamental de "união pelo bem do país".

Sou da paz – Distante dos microfones quando o assunto é crise política, Renan Calheiros (PMDB-AL) planeja voltar ao noticiário na campanha a favor do desarmamento. Enquanto sobra tiro para todos os lados, o presidente do Senado quer saber somente de "exposição pacifista".

Grande incógnita – Membros da Frente Nacional pelo Desarmamento se perguntam se o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, vice-presidente do grupo, relator da proposta e agora enroscado no escândalo do mensalão, vai aparecer no lançamento da campanha, hoje em Campinas.

Toga lavada – Chegou ao Tribunal de Justiça mineiro disputa entre juízes dirigentes da Associação dos Magistrados do Estado. As contas do exercício de 2001 foram rejeitadas por unanimidade pelo conselho diretor da entidade.

Tiroteio

Do senador Cesar Borges (PFL-BA), integrante da CPI dos Correios, sobre a resposta negativa ao pedido de prisão preventiva de Marcos Valério:

– A Justiça, que aprova todos os dias uma série de prisões injustificadas, nega a de uma pessoa cujos crimes já estão caracterizados, que está notadamente destruindo provas e que vem fazendo chantagem com os envolvidos para auferir vantagens.

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