Cotado inicialmente pela presidente Dilma Rousseff para substituir Ricardo Berzoini no Ministério das Comunicações, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) deve ser mantido no atual cargo na nova configuração da Esplanada dos Ministérios.
Em reunião nesta quarta-feira (24) com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a petista ofereceu o Ministério das Comunicações para o partido. O principal nome defendido pela sigla para comandar a pasta é o do líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE).
Nesta quinta-feira (24), a petista conversará novamente com integrantes da cúpula nacional do PMDB, entre eles o vice-presidente Michel Temer, com a intenção de concluir a definição do espaço que o partido aliado ocupará na reforma administrativa.
O Palácio do Planalto tem encontrado dificuldades para acomodar os ministros aliados do vice-presidente. Para solucionar o impasse, a presidente considera abandonar a fusão entre Aviação Civil e Portos e manter o ministro Eliseu Padilha.
O outro ministério foi oferecido à bancada do partido na Câmara dos Deputados, mas o governo federal considera também acomodar, a pedido de Temer, o ministro Helder Barbalho (Pesca), cuja pasta deve ser extinta na nova configuração ministerial.
Na bancada peemedebista, o nome mais cotado para o posto é o de Celso Pansera (PMDB-RJ), apontado por Alberto Youssef como “pau-mandado” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A petista também desistiu de extinguir Turismo para manter no cargo o ministro peemedebista Henrique Eduardo Alves.
Em um aceno ao mercado, ela também avalia manter o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento), que criticou recentemente as medidas do pacote fiscal que diminuem os repasses ao Sistema S e reduzem a alíquota de abatimento do Reintegra. A pasta chegou a ser oferecida ao PMDB do Senado Federal, que a recusou e passou a reivindicar a Integração Nacional.
Em uma tentativa de estancar a crise política, a presidente prometeu entregar cinco ministérios ao PMDB, entre eles o da Saúde, para garantir o apoio da sigla a seu governo e evitar que dissidentes apoiem o impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados.
A avaliação do Palácio do Planalto, no entanto, é de que o aceno ao PMDB dá fôlego momentâneo ao governo federal, mas não afasta a possibilidade de ser aberto um processo de afastamento da petista.