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Cerca de trinta pessoas estão reunidas na Candelária, no Centro do Rio, em um protesto contra a presidente Dilma Rousseff (PT). A bandeira que une todos os grupos organizadores do evento é o pedido de impeachment da petista. Apesar de os líderes dos grupos bradarem que o protesto é pacífico, chegaram a agredir duas pessoas que passavam pelo local.

O sociólogo Ricardo Reis, que se apresentou como um dos fundadores do PT, foi hostilizado pelos manifestantes, que gritavam “veado”, ao que ele respondia “fascistas, golpistas”.

Rodrigo Brasil, líder do grupo Revoltados Online, página do Facebook que convocou o evento, jogou água em Reis. Muito nervoso, ele criticou o movimento a favor do impeachment. “Estou muito indignado com essa tentativa golpista, a presidente foi eleita legitimamente e não foi citada em nenhum depoimento da Lava-Jato. Esses grupos tratam a diferença como algo natural, por isso mandam todo mundo para Cuba. Precisamos acabar com esse ovo da serpente que é a intolerância”, afirmou.

Com o discurso de salvar o país, manifestantes chamam Dilma e o ex-presidente Lula de “ladrões”, “vagabundos” e “laranjas podres”. Há, inclusive, um chamado para que na sexta-feira, quando a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fará um protesto, os manifestantes joguem ovos nos manifestantes.

Figura conhecida dos protestos de junho de 2013, Eron Morais de Melo, o Batman, também faz parte do grupo que pede a saída de Dilma do poder. Ele contou que votou no senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições do ano passado e que anulou o voto no primeiro turno porque teve uma “crise de representatividade”: “Votei no Aécio Neves não porque gosto, mas porque era o menos pior. Sou o mesmo Batman de todos os protestos, vim pra rua para mostrar que temos o poder de colocar ou retirar governantes”.

Entre os manifestantes, há vários líderes que defendem uma intervenção militar. O líder do grupo “Extermínio”, o psiquiatra Casé Carvalho, filiado ao PSDB, explicou o nome do grupo e comparou o fim da corrupção ao “extermínio de baratas”.

Foram destacados 130 policiais do Batalhão de Policiamento para Grandes Eventos (BPGE), que vão acompanhar o protesto até a sede da Petrobras. O grupo acaba de começar a andar rumo à estatal, e nesse momento fecha a Avenida Rio Branco. Eles gritam “Lula cachaceiro, devolve o meu dinheiro”.

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