O que é
Empresários confessaram pagamentos de até R$ 200 mil em subornos para bloquear cobranças milionárias em impostos estaduais.
Mais um auditor da Receita Estadual foi preso na manhã desta sexta-feira (27) pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, dentro da Operação Publicano. Ricardo de Freitas foi preso preventivamente antes das 7 horas em um edifício localizado na Gleba Palhano, um dos bairros nobres da cidade.
No local, foram apreendidos R$ 13,3 mil e US$ 1,4 mil em espécie, além de um relógio Rolex. Os dólares foram localizados junto ao passaporte de Freitas. Já os reais estavam guardados em um cofre digital.
De acordo com o portal da transparência do governo do estado, Ricardo de Freitas recebia salário de R$ 31,7 mil, e estava lotado na Inspetoria Regional de Fiscalização.
Além da prisão do auditor, o Gaeco deveria cumprir ainda dois mandados nesta sexta (27) em Londrina. No entanto, o auditor Miguel Arcanjo Dias e o contador Ederson Bueno continuavam foragidos até o fechamento desta edição.
O contador é irmão de Marco Antônio Bueno, preso na sexta-feira passada (20) quando foram expedidos 21 mandados de prisão. Marco Antônio Bueno é ex-cunhado de Luis Antônio de Souza, preso em janeiro.
À frente das investigações da Operação Publicano, o promotor Cláudio Esteves disse nesta sexta-feira (27) que ocorreram avanços significativos nas investigações nesta última semana. “Nós estamos evoluindo por várias situações. Uma delas é o fato de empresários estarem cooperando muito e nos ajudando a esclarecer os fatos”, disse ele.
No entanto, Esteves pontua que o Ministério Público está em um momento de separar os empresários que, em algum momento, se sentiram lesados e os efetivamente envolvidos no esquema de corrupção na Receita Estadual, que envolve o pagamento de propina e sonegação de impostos. “Novamente, chamamos todos os empresários para que venham até o Gaeco abertos a esclarecer esses fatos. Imaginamos que este tipo de situação pode não se restringir ao que foi até agora apurado. Pode ser uma situação ainda maior”, reforçou.
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