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Na esteira da decisão do PT do Rio, que definiu 28 de fevereiro como data para que seus filiados deixem os cargos que ocupam na gestão de Sérgio Cabral (PMDB), o próprio governador resolveu antecipar a renúncia. Como reflexo da deliberação petista - tomada na manhã do ontem pelos líderes locais da sigla, na presença do presidente nacional do partido, Rui Falcão - o governador anunciou que deixará o Palácio Guanabara no mesmo dia do desembarque do hoje aliado: o 28 de fevereiro.

A informação foi publicada pelo jornal "O Globo" e confirmada pela assessoria do governo fluminense.

Cabral projetava deixar seu próprio governo em 31 de março, mas o movimento do PT para alavancar a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) levou a uma precipitação dos planos.

O governador, cujo futuro político ainda é incerto, pode disputar o Senado.

A prioridade do PMDB do Rio é eleger o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em outubro. Para manter Pezão no cargo que deverá herdar de Cabral no final do mês que vem, a proposta do PMDB é colocá-lo no cargo para torná-lo conhecido do eleitorado. A meta é viabilizar sua candidatura em um cenário que tem pelo menos outros três nomes consolidados, além de Lindbergh: Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e Cesar Maia (DEM).

O PMDB admite que a mudança de planos, com a antecipação da saída de Cabral, foi provocada pelo movimento petista -e está condicionada a ela. De acordo com nota da assessoria do Palácio Guanabara, o governador sai se o PT confirmar a retirada de seus dois secretários, Carlos Minc (Ambiente), e Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos) em 28 de fevereiro. Se a saída for adiada, Cabral também pode ficar um pouco mais.

Conforme o presidente estadual do PT, Washington Quaquá, ao todo o partido tem entre 600 e 700 cargos na atual gestão. No sábado, ao responder se os petistas sofreriam constrangimento por criticar na campanha um governo de que fizeram parte, Quaquá afirmou que a participação do partido ficou restrita às duas pastas. "Colaboramos com o governo através das secretarias, com uma participação muito positiva. Mas nunca fizemos parte do núcleo essencial do governo Cabral. Nós nunca fomos chamados a discutir as grandes políticas do governo. Fizemos parte por conta de uma aliança nacional", afirmou Quaquá.

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