O ex-deputado Rafael Greca (PMDB) confirmou nesta quarta-feira (27) que está trabalhando no gabinete do senador Roberto Requião (PMDB) em Curitiba, mas continua recebendo o salário como engenheiro do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Tanto a prefeitura da capital quanto o Ippuc confirmam que Greca foi cedido ao Senado, mas que continua recebendo pelo Instituto.
Para Greca, a situação não caracteriza qualquer irregularidade. "Estou coberto pelo direito administrativo e pela Constituição Federal desempenhando minha função atual no gabinete do senador de forma legal", comenta. O ex-deputado explicou que a única situação em desacordo com a lei seria se ele recebesse pelo Senado e pelo Ippuc o que, segundo ele, não acontece.
Ele informou que deixou a Assembleia Legislativa em fevereiro deste ano e foi solicitado pelo Senado Federal por protocolo enviado à Prefeitura de Curitiba. Em nota ele afirma que "isto gerou a portaria PMC/IPPUC 038/11 já publicada no Diário Oficial do Município". O Ippuc confirmou que a disponibilidade de Rafael Greca "foi solicitada pela presidência do Senado Federal, sem ônus para o Senado. A solicitação foi atendida, dentro do que estabelece a lei. Dessa forma, Rafael Valdomiro Greca de Macedo responde funcionalmente ao Senado Federal".
Greca disse que trabalha no gabinete para a elaboração do plano de diagnóstico das carências urbanas de Curitiba e de um plano de futuro para a capital. Segundo ele, o trabalho que está sendo realizado é como "montar o Ippuc na oposição". Segundo Greca, esse trabalho pode "desembocar na candidatura (para a prefeitura de Curitiba em 2012)". Ele acredita que com boas ideias, a população do município pode querer que ele volte a chefiar o Ippuc na condição de prefeito.
Ele ainda destacou que é funcionário concursado do Ippuc e foi aprovado em primeiro lugar no concurso. Greca também atacou membros da imprensa que estariam criando "factoides e grosserias" ao divulgaram as informações de maneira errada e maldosa. "Estou apenas exercendo minha função pública como opositor e a disposição do Senado".