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O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, acredita que, com a manutenção da verticalização pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a eleição presidencial deste ano ficará polarizada entre a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a do tucano Geraldo Alckmin. Para Jaques Wagner, muitos partidos vão preferir não lançar candidato e não entrar em coligação nacional devido as suas diferentes realidades nos estados.

- Com isso, essa eleição passa eventualmente para um turno só, pela redução do número de candidatos a nível nacional. Ela ficaria polorizada entre Lula e o candidatura do PSDB - disse.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), também acredita que poucos candidatos disputarão as eleições para presidente neste ano para facilitar as alianças estaduais. Para ela, o fato de as regras serem estabelecidas com um ano de antecedência preserva mais os eleitores que os próprios partidos.

- Os eleitores têm que ter clareza das regras que vão nortear todo o processo eleitoral - disse a senadora.

De acordo com o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), seria melhor para o partido se a verticalização não fosse obrigatória este ano. Na opinião do senador, os maiores prejudicados serão os pequenos partidos, que devem cumprir a cláusula de barreira ou desempenho, pela qual os partidos têm de atingir um percentual mínimo de votos para exercer todas as funções partidárias, como o direito a liderança.

Segundo a cláusula, os partidos têm de conseguir no mínimo 5% dos votos apurados nacionalmente para a Câmara dos Deputados, sem contar os brancos e os nulos. Esses votos têm de estar distribuídos em pelo menos nove estados, onde é necessário obter 2% do total.

Para a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), a decisão do Supremo de manter a verticalização nas eleições deste ano "não altera em absolutamente nada" a conduta de seu partido. Para o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), a decisão do STF "foi à luz da Constituição". Aleluia lembrou que a Constituição determina que as regras eleitorais sejam fixadas com um ano de antecedência do pleito, e a emenda que acaba com a verticalização foi promulgada depois desse prazo.

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