"Eu sou mais dado à comemoração, vou ao estádio torcer pelo meu Atlético. Somos bem diferentes, mas temos o mesmo projeto político."
Orlando Pessuti, vice-governador, comparando-se a Roberto Requião.
Comemoração O diretório estadual do PMDB promove hoje, às 11 horas, a Festa do Agradecimento. A cerimônia, além de festejar a reeleição de Roberto Requião, servirá como uma homenagem aos eleitores curitibanos que optaram pelo peemedebista. O evento será na Boca Maldita.
Folga A participação de Requião no evento está praticamente descartada. Segundo informações, ele está descansando com a família na Bahia. Já Osmar Dias estaria na fazenda Lagoa da Prata, em Formoso do Araguaia (TO). A compra da propriedade pelo senador foi um dos temas mais polêmicos da campanha para governador.
Atenção O ministro do Planejamento, o paranaense Paulo Bernardo (PT), foi um dos alvos desta semana em Brasília, por conta da defesa do ajuste fiscal como caminho para o crescimento. Mas como as críticas vieram da ala dos "desenvolvimentistas", que já receberam um puxão de orelha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tentar conduzir a política econômica, a expectativa é de que Paulo Bernarndo continue como homem forte de Lula. Sorte dele, já que neste ano ele não concorreu à reeleição como deputado federal e por isso está sem mandato a partir do ano que vem.
Gastos 1 Levando em consideração os gastos de campanha e o número de votos recebidos pelos deputados federais do Paraná, Barbosa Neto (PDT) se deu bem. Cada voto obtido custou R$ 1,36. Já para Alfredo Kaefer (PSDB), a conta saiu bem mais cara. Teve que arcar com o equivalente a R$ 18,59 por voto. Ratinho Jr. (PPS) também gastou bastante: sua disputa saiu a R$ 12,76 por eleitor. Gustavo Fruet (PSDB), o mais votado no estado, teve que desembolsar apenas R$ 2,93 por voto.
Gastos 2 Na disputa pelo Palácio Iguaçu durante o primeiro turno, Rubens Bueno (PPS) não gastou mais do que R$ 0,88 por voto. Flávio Arns (PT) desembolsou R$ 1,65. Os "nanicos" tiveram uma despesa maior: cada voto em Ana Lúcia (PRTB) custou R$ 6,10, e em Luiz Adão (PSDC), R$ 8,46. Na candidatura de Antônio Roberto Forte (PSL), foram gastos R$ 20,43 por eleitor.
Média Entre os 27 senadores que foram eleitos nas eleições deste ano, Alvaro Dias (PSDB) aparece em 10.º lugar entre os que mais gastaram na campanha. Suas despesas foram de R$ 1.556.472,56. Na lista não estão contabilizados os dados do senador reeleito José Sarney (PMDB/AP) e Jayme Campos (PFL/MT), por problemas no site do TSE.
Pane O acesso via internet à prestação de contas dos candidatos que participaram do primeiro turno destas eleições está disponível desde quinta-feira no site do TSE (www.tse.gov.br). O serviço, porém, não pôde ser utilizado ontem e anteontem por problemas técnicos. O prazo para entrega dos dados acabou na terça-feira.
Nulos O cientista político Carlos Luiz Strapazzon fez um estudo comparativo dos votos nulos no Paraná em relação aos demais nove estados que realizaram segundo turno. Na conclusão dele, a média geral dos votos nulos em todo Brasil foi alta, crescendo do primeiro para o segundo turno. No Sul, apenas o Rio Grande do Sul teve decréscimo.
Particularidades De acordo com Strapazzon, em todas as dez mesorregiões do Paraná, há uma diferença constante entre votos nulos para presidente e governador. Predomina uma diferença aproximada de 1,5% a mais de nulos para governador em mais de 90% dos municípios. Um mapeamento individualizado mostra que houve maior concentração de votos nulos, pela seqüência, nas regiões Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Ocidental, Centro-Sul e Centro-Oriental (Campos Gerais).
Recordista O município recordista em votos nulos no estado foi Tunas do Paraná, no Vale da Ribeira. Na cidade, 13,25% dos eleitores anularam a escolha para governador. Outro município vizinho, Adrianópolis, teve 11,4% de nulos. Os dados estão disponíveis no blog do cientista político (politicaparana.blogspot.com).
Pinga-fogo
Além da Festa do Agradecimento, o diretório estadual do PMDB publicou ontem uma carta, na qual congratula os eleitores que optaram por Roberto Requião O documento é assinado pelo secretário-geral do partido no estado, Luiz Cláudio Romanelli No texto, ele qualifica as eleições deste ano como "o maior confronto político e ideológico do qual participamos em nossa história recente" A disputa, de acordo com o recém-eleito deputado estadual, foi um enfrentamento contra os "neoliberais, que pregavam, de forma fria, calculista, o lucro do mercado e o desmonte do Estado sobre os interesses da maioria dos paranaenses" Orlando Pessuti disse que acha normal a atitude do governador Roberto Requião (PMDB), que não comemorou a vitória das urnas em público Segundo Pessuti, Requião não tem o estilo de sair às ruas para vibrar.
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