A polícia investiga a ligação do atentado na Rua 25 de Março, que deixou 16 feridos, com a repressão a camelôs irregulares e ao contrabando e pirataria de produtos que vem sendo feita na região. Também um ponto clandestino de táxi que funcionava no local foi desativado pela polícia.
Além de blitz contra os ambulantes irregulares feita pela Prefeitura de São Paulo, a Polícia Federal apertou o cerco contra pessoas ligadas ao empresário chinês Law Kin Chong, dono do shopping 25 de Março e de andares de lojas da Galeria Pagé. A mulher dele, Miriam Law, foi presa, assim como outras 17 pessoas, acusadas de atuar como 'laranjas' na operação.
Não há, porém, pistas concretas de quem colocou no local a bomba de fabricação caseira.
- Ninguém descreveu a pessoa suspeita, apenas o fato. Vamos investigar a versão de que o artefato teria sido colocado na lixeira e a outra de que um camelô teria passado com um carrinho com caixas e uma delas teria caído e explodido - disse o delegado do 1º Distrito Policial (Sé), Luis Fernando Valim.
A jovem Monalisa Fagundes do Nascimento, 21 anos, uma das 16 pessoas feridas pela explosão da bomba está em coma e internada na UTI. Monalisa, que veio do Guarujá com o namorado para as compras de Natal, teve traumatismo craniano e foi submetida a uma cirurgia. Uma mulher grávida de nove meses, entrou em trabalho de parto por causa do susto e deu a luz a um menino. O filho dela, de dois anos, que estava no colo continua internado. O menino teve traumatismo no tórax.
Neste sábado, muitas lojas ficaram com as portas fechadas. O movimento de consumidores foi abaixo do esperado, embora muitos dos que foram às compras não soubessem da explosão ocorrida na tarde de sexta-feira.
A bomba de fabricação caseira explodiu a poucos metros do Shopping 25 de Março. O artefato, fabricado com pólvora e pregos, foi deixado em uma lixeira em frente ao número 1.029, esquina com a Rua Carlos de Souza Nazaré. A explosão ocorreu por volta das 15h30m. Com o impacto, parte do semáforo de pedestres foi arrancada. De acordo com a GCM, cerca de 300 pessoas estavam em volta do local na hora que a bomba explodiu.
A Guarda Civil Metropolitana acredita que a ação tenha sido praticada por ambulantes ilegais. Ontem, não houve confronto durante a fiscalização de rotina feita por agentes da Prefeitura e GCMs. Andrea Matarazzo, subprefeito da Sé e secretário municipal de Serviços, que também acredita em ato criminoso por ambulantes ligados ao contrabando e à pirataria, disse que o policiamento hoje será reforçado na rua.
Luan Richard Coutinho dos Santos, de 2 anos, e sua mãe, Monica, de 19, também ficaram feridos. Luan sofreu ferimentos por todo o corpo, foi enviado para o Hospital do Servidor e à noite foi transferido para o Hospital Estadual do Mandaqui. Sua mãe, grávida de nove meses, ficou nervosa e entrou em trabalho de parto e, por volta das 22h, deu à luz Kevin. Ambos passam bem.
O projetista Eduardo Medeiros, 54 anos, que fazia compras na 25 de Março, afirmou à polícia que viu um homem colocando uma caixa dentro da lixeira segundos antes da explosão.
- Parecia uma frasqueira de criança. Estava bem próximo, foi tudo muito rápido. Só não fui atingido porque um dos rapazes que ficou ferido estava na minha frente. Caí dentro da loja - disse.
Para o inspetor José Antônio Salim, da Guarda Civil Metropolitana, que realizava fiscalização de rotina no momento da explosão, a bomba foi plantada por ambulantes ilegais.
- Foi muita coincidência a bomba ter explodido na esquina onde fazíamos a inspeção. Tenho certeza de que o alvo eram os policiais, porque os ambulantes ficam revoltados com a apreensão de mercadorias nesta época do ano - disse.
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