Comissão de Constituição e Justiça da Câmara se reuniu na manhã desta quarta-feira (9).| Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (9 ) a chamada admissibilidade – em suma, uma declaração de que o projeto não afronta a Constituição – do projeto que cria opções para que Estados e municípios possam pagar seus precatórios.

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Dívidas decorrentes de decisões judiciais contrárias ao setor público, os precatórios devem ser quitados até 2020 de acordo com decisão de março do Supremo Tribunal Federal.

A decisão levou os governos do Estado e da cidade de São Paulo -que devem R$ 17 bilhões e R$ 15 bilhões, respectivamente- a buscar uma saída, já que argumentam não ter como cumprir a medida sem afetar outras áreas prioritárias da administração pública.

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Sob o patrocínio do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT), foi apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara, aprovada na CCJ nesta quarta. Agora, o texto segue para análise de uma comissão especial, passo anterior para votação em plenário. A PEC precisa ainda passar pelo Senado.

Regras

A principal medida do projeto é autorizar Estados e municípios a usar, no pagamento do dos precatórios, até 30% dos depósitos judiciais não tributários – valores de processos dos quais o setor público não participa, e que estão depositadas em juízo até a sentença final. Governo e prefeitura de São Paulo esperam obter, com essa medida, cerca de R$ 16 bilhões.

Atualmente, o governo e a Prefeitura de São Paulo já utilizam para pagamento de precatórios o equivalente a 70% dos depósitos judiciais relativos a processos dos quais eles são parte. A PEC eleva esse teto para 75%.

A PEC permite ainda a renegociação da dívida, por acordo, com abatimento de até 40%, e a possibilidade de adoção de empréstimos que não seriam contabilizados para efeitos dos limites globais de endividamento.

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